Alemanha inaugura primeiro prédio movido a algas
Publicado em 17/04/2013
A tendência da construção sustentável é tornar os edifícios cada vez mais "verdes"
e agora também "vivos". Para isso os arquitetos apostam nas algas. Em Hamburgo, na Alemanha, já está
de pé o primeiro edifício do mundo movido a algas, o que o torna capaz de gerar biomassa como fonte de energia
renovável. O projeto chamado de "BIQ House" é uma colaboração entre aSpitterwerk Architects, Strategic
Science Consult of Germany, a multinacional Arup e Colt International, que são os responsáveis pela concepção
das grelhas bio-reativas que comportam as algas.
Como funciona?
As grelhas foram instaladas na fachada do prédio permitindo que as algas sobrevivam e cresçam mais rapidamente
do que o normal. Esse sistema é capaz de absorver CO2 e, por meio da fotossíntese, gerar uma biomassa. A coleta
desta biomassa é feita com permutadores de calor e armazenada geotermicamente numa instalação de biogás
de metano próxima ao local. O material é, em seguida, novamente colocado no edifício e usado para aquecer
o reservatório de água.
Segundo a Arup, dentro de cada metro quadrado de fachada é possível extrair cerca de 15 gramas de biomassa
por dia, o que pode produzir cerca de 4.500 kWh por ano de energia elétrica, o equivalente ao consumo médio
de uma família de quatro pessoas.
A implantação dos seres-vivos nas grelhas também proporciona um isolamento acústico, impedindo
a entrada de ruídos, assim como um sombreamento que pode manter uma temperatura baixa do edifício de uma forma
natural, sem a necessidade de sistemas de ar condicionado. Durante o inverno, no entanto, o calor produzido pelas algas expostas
à luz solar é utilizado para aquecer o edifício e produzir eletricidade.
Em entrevista ao site Daily Mail, Simon O'Hea, diretor da Internacional Colt, afirmou que a equipe já consegue
produzir a solução que usa algas vivas para fornecer energia renovável em escala comercial.
De acordo com os idealizadores, o edifício é um começo para as construções futuras.
Ele mostra que as fachadas dos edifícios do futuro terão um papel ativo que vai além de um simples revestimento
ou função de proteger contra a chuva e vento. Elas serão capazes de alimentar e torna os edifícios
auto-suficientes.
Informação de: Tn Sustentável
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