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Publicado em 28/03/2013
A proposta da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) para impedir que o custo das usinas térmicas
aumente o preço da energia para o consumidor --e prejudique também o caixa das empresas distribuidoras-- é
a criação de um gatilho. Ele será acionado assim que o custo dessa geração indicar um aumento
superior a 3% nas faturas.
O texto da agência regulamenta o decreto do Ministério de Minas e Energia que
tratou de dar uma solução para o problema das térmicas, uma vez que elas estão ligadas no máximo
desde dezembro do ano passado, já que a chuva foi mais fraca e não conseguiu recompor os reservatórios
das usinas hidrelétricas como deveria.
Essas geradoras térmicas são mais caras e poluentes e produzem
energia com a queima de óleo combustível, carvão ou pelo uso de gás, por exemplo.
A nova
regra da Aneel valerá apenas para este ano de 2013 e funcionará da seguinte forma: assim que o gatilho for disparado,
para conter o preço das térmicas, o fundo setorial chamado CDE (Conta de Desenvolvimento Energético)
entrará em ação. Ele é que vai assumir o restante do custo que ultrapassar essa margem.
A
CDE é o mesmo fundo que está sendo usado para indenizar as empresas que renovaram os contratos de concessão
com o governo, no fim do ano passado.
Térmicas
A cada ano, o montante gasto com as térmicas
é assumido pelas distribuidoras, que fazem o pagamento dessas usinas mês a mês.
O problema é
que essas empresas só recebem o valor de volta após o reajuste de suas faturas, quando o gasto recai sobre as
contas do consumidor.
As empresas distribuidoras, porém, questionaram o método do governo, principalmente
neste ano. Elas temiam que, com esses gastos mais altos, o caixa das companhias não seria suficiente para fazer frente
aos valores.
A proposta da Aneel, portanto, é para que o fundo setorial assuma a diferença, mas que os
consumidores continuem fazendo essa reposição, que agora será parcelada ao longo de cinco anos.
Caso
o reajuste da tarifa seja superior a 3% mas tenha como causa outros fatores que não o acionamento das térmicas
-- inflação, custo de operação do setor ou a eficiência da empresa--esse fundo não
fará qualquer aporte para reduzir o impacto.
O regulamento passar agora por consulta pública até
10 de abril.
Informação de: UDOP
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