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Publicado em 01/03/2013
As informações constam do Atlas Brasileiro de Emissões de GEE e Potencial Energético na Destinação de Resíduos Sólidos, lançado pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), com apoio da EPA - Agência de Proteção Ambiental dos EUA - e da Global Methane Initiative.
Atualmente, o Brasil conta com 22 projetos que prevêem o aproveitamento energético do biogás, que somam 254 MW de capacidade instalada. No entanto, segundo Carlos Silva Filho, diretor executivo da Abrelpe, desse total, apenas dois projetos, dos aterros sanitários de São João e de Brandeirantes, ambos em São Paulo, estão gerando energia efetivamente. No aterro de São João, são gerados 476.900 MWh, enquanto no de Bandeirantes, 755.700 MWh.
Silva Filho conta que faltam incentivos do governo para que os investidores se voltem para a geração de energia a partir do lixo. "O governo quer dados. Vamos apresentar esse estudo ao governo e mostrar o potencial de geração, porque precisamos de uma política de incentivos para que os projetos possam sair do papel", comentou o diretor. O preço da energia proveniente do biogás ainda não é competitiva com outras fontes alternativas como a eólica, por exemplo, e, por isso, segundo o executivo, precisam de um programa de estímulo. Ele calculou que para fazer uma planta de 3 MW de biogás são necessários investimentos da ordem de US$ 5 milhões.
Além da geração de energia, as unidades de destinação final de resíduos tem potêncial de redução de emissões de gases do efeito estufa da ordem de 12 milhões de toneladas de CO2 equivalentes por ano, quantidade que considera apenas os projetos brasileiros de MDL - Mecanismo de Desenvolvimento Limpo - registrados perante a Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima da ONU.
Em um horizonte de 30 anos - 2009 a 2039 - o atlas aponta ainda que as emissões de GEE pela destinação de resíduos sólidos atingiriam cerca de 892 milhões de toneladas de CO2 equivalentes, o que representa uma média anual de 29,7 milhões de toneladas, que seriam mitigadas por meio da implantação dos projetos.
Ainda de acordo com o atlas, o Sudeste é a região do país com maior potencial de geração a partir do lixo, podendo atingir até 2039, 170 MW. Nesse horizonte, a região também seria responsável por cerca de 60% das emissões de GEE. No Nordeste, o potencial de geração de energia chega a 49 MW; no Sul, a 23 MW; no Centro-Oeste, a 22 MW; e no Norte, a 18 MW.
Informação de: Canal Energia
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