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Publicado em 26/02/2013
Os governos dos Estados Unidos e do Brasil querem promover a aproximação entre empresas dos dois países,
especialmente no setor de energia, para exploração de alternativas como o gás de xisto, extraído
da rocha, e o biocombustível usado em aviação, informou a secretária de Comércio Exterior
do Ministério do Desenvolvimento, Tatiana Prazeres. Na próxima semana, uma missão de empresários
americanos viaja ao Brasil para conhecer oportunidades de exploração, em território brasileiro do gás
de xisto (shale gas) - apontado como o caminho para independência energética dos EUA nos próximos anos.
A
visita de Tatiana Prazeres aos EUA coincidiu com a publicação, no Federal Register, o "Diário Oficial"
americano, da regulamentação que oficializa o reconhecimento da cachaça como produto exclusivamente brasileiros,
naquele país. A medida foi anunciada durante visita oficial da presidente Dilma Rousseff aos EUA há quase um
ano, mas dependia de consultas públicas.
O Brasil, agora, tem 30 dias para cumprir sua parte no acordo e classificar
como exclusivamente americanos os uísques Bourbon e Tennessee. A publicidade em torno do tema fez as exportações
brasileiras de cachaça ao mercado americano subirem 35% em volume e 23% em valor no ano passado, num exemplo, para
Tatiana, de como ações pontuais podem ter forte reflexo para exportadores brasileiros nos EUA.
Em Washington,
para a reunião periódica do Diálogo Comercial entre o Ministério do Desenvolvimento e o Departamento
de Comércio dos Estados Unidos, Tatiana reúne-se hoje com o subsecretário de Comércio americano,
Francisco Sanchez, e empresários dos dois países, com quem as autoridades querem abrir um "diálogo" e
consultas sobre as demandas do setor privado. Os dois governos concluíram estudos comuns para padronização
do biocombustível para uso em aviação e devem atuar juntos para popularizar o uso desse produto, disse
a secretária.
"Nessa edição do diálogo o destaque é energia, há grande interesse
americano em diversas frentes", disse ela. "Vamos falar de comércio e atrações de investimentos em shale
gas, energia fotovoltaica, biocombustível de aviação e etanol de segunda geração, a partir
de biomassa."
Os empresários devem levantar, na reunião com as autoridades, a preocupação
com o impacto, para o Brasil, das anunciadas negociações de um acordo de livre comércio entre Estados
Unidos e União Europeia, mas Tatiana Prazeres argumenta existirem oportunidades para exportadores e investidores brasileiros
que independem da formalização de uma cordo com os Estados Unidos. "Já estamos trabalhando com o governo
dos EUA para remover obstáculos ao comércio, não é a falta de um acordo que nos impede de aproveitar
oportunidades no mercado americano", argumentou.
Ela disse que a "complexidade" na discussão de padrões
comuns, como a regulamentação sobre hormônios na carne, cereais transgênicos e regras sanitárias
distintas entre os dois parceiros, torna difícil fazer previsões sobre o alcance do possível acordo de
livre comércio entre EUA e União Europeia.
Informação de: Valor Econômico
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