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Publicado em 08/02/2013
A construção da primeira usina de etanol celulósico em escala comercial do País, com previsão
de inauguração no início de 2014 em Alagoas, representa um grande avanço para o Brasil porque
o coloca entre os países que já tem planos concretos de utilização dessa tecnologia na visão
do consultor de Emissões e Tecnologia da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA),
Alfred Szwarc. Ele destaca que a usina, do grupo GraalBio, terá capacidade de produção considerável.
"Essa
usina já inicia com uma produção equivalente a unidades de primeira geração, estimulando
outras empresas a seguir caminhos similares, como é o caso da Petrobras e Raízen. É o primeiro passo
para a integração da segunda geração na cadeia produtiva do País," afirma Szwarc.
Para
acelerar o desenvolvimento em escala comercial do etanol de segunda geração, produzido a partir da palha e do
bagaço da cana de açúcar, o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai investir
R$ 600 milhões na usina pioneira da GraalBio, que terá capacidade para produzir 82 milhões de litros/ano.
O Banco abriu uma linha de crédito em 2012, que vem sendo utilizada por diversas empresas ativas no desenvolvimento
de tecnologias para a produção de biocombustíveis de segunda geração, como Abengoa e DuPont.
Embora
em fase inicial de implantação, o etanol celulósico apresenta grande potencial de crescimento pois não
depende da produção de alimentos para sua industrialização e nem da expansão da área
plantada com cana de açúcar, e sim do reaproveitamento dos resíduos da produção de etanol
e açúcar, que já são abundantes. Szwarc explica que um dos principais desafios para o Brasil está
na busca pela competitividade do combustível de segunda geração em relação ao de primeira.
"Em
geral, o custo de produção no Brasil do etanol de primeira geração, convencional, é mais
baixo do que em outros países. Assim, a busca pela competitividade no Brasil poderá induzir a uma maior inovação
nas tecnologias para redução do custo de produção."
Ele acredita que até 2020, outras
empresas começarão a utilizar essas tecnologias, provocando um volume crescente de produção de
combustível de segunda geração. "Creio que esse tipo de combustível terá uma aceitação
especial no mercado pela sustentabilidade em sua produção. Estou otimista e aposto que teremos uma parcela significativa
de segunda geração na produção total dentro de uma década," concluiu.
Informação de: UDOP
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