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Publicado em 25/01/2013
Os percentuais são maiores do que ela divulgara em setembro, também em rede nacional, e o prazo para vigência da medida foi antecipado em 13 dias. Em setembro, ela anunciara redução de 16,2% nas tarifas residenciais e de até 28% na indústria. A pretensão do governo era adotar a medida a partir de 5 de fevereiro.
Em tom enfático e desafiador, a presidente classificou de “sem
fundamento” as previsões de que o governo não conseguiria reduzir as tarifas de energia e descartou qualquer
risco de racionamento energético, afirmando que o sistema brasileiro é “um dos mais seguros do mundo”.
O anúncio da presidenta Dilma Rousseff de redução da tarifa de energia elétrica
em até 32% para a indústria foi bem recebido pelos especialistas do setor energético. No entanto, a
utilização do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) como indexador de custos do setor, foi
criticada.
Para o diretor do Grupo de Estudos do Setor de Energia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ),
Nivaldo José de Castro, o anúncio foi uma boa surpresa. “A decisão que a Presidência da República
tomou ontem reforça esse esforço de tornar a economia brasileira mais competitiva e aumentar seu poder aquisitivo.
Realmente surpreende esse esforço para caminhar na direção de uma diminuição tarifária
estrutural.”
O economista acredita, porém, que ainda existe espaço para reduzir mais a tarifa de
energia e que deve haver a revisão da forma de indexação dos contratos de geração de transmissão,
hoje feita com base no IPCA. Ele sugeriu como alternativa a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) por estar mais próxima
à realidade dos custos do setor.
Ainda segundo Castro, a iniciativa do governo não vai afetar a capacidade
de expansão do setor elétrico brasileiro. “As medidas concentram-se em contratos que estão vencendo,
os novos contratos são muito bem definidos, com segurança jurídica. Avaliamos que os próximos
leilões continuarão competitivos. Os leilões de 2012, mesmo que ainda muito pontualmente, já sinalizam
essa tendência de que não vai haver impacto negativo sobre a expansão do setor.”
Para o presidente
do Conselho de Administração da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, Luiz
Eduardo Barata, embora o IPCA não seja um índice apropriado, é necessário um estudo muito aprofundado
antes de qualquer mudança no indexador de custos.
“O uso puro e simples do IPCA como se faz hoje está
levando a preços bastante altos, muito distorcidos em relação à energia que chega e isso gera
impacto no custo da tarifa. É necessário avançar nessa discussão, mas desindexar é muito
arriscado e uma mudança de índice deve ser muito bem estudada.”
Além da redução
de 32% para indústrias, agricultura, comércio e serviços, a presidenta Dilma Rousseff anunciou uma redução
de 18% nas contas de luz para as residências.
Informação de: InfoEnergia
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