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Publicado em 22/10/2012
Certificações técnicas para biocombustíveis que podem ser utilizados em aviões já
existem, mas, de acordo com especialistas, ainda não há um certificado de sustentabilidade que ateste que um
determinado combustível obtido de biomassa - e que se revele um candidato potencial para substituir o querosene utilizado
na aviação comercial - seja produzido levando em consideração critérios como o bom uso
da terra, a conservação da biodiversidade e o cumprimento das legislações trabalhista e ambiental.
Isso
porque, apesar de existirem biocombustíveis produzidos no exterior a partir de diferentes biomassas - que inclusive
obtiveram certificação técnica para utilização e vêm sendo usados em voos de demonstração
e até mesmo comerciais -, nenhum deles ainda é produzido e comercializado em grande escala - o que dispensa
por ora a necessidade de terem certificação de sustentabilidade.
De modo a se antecipar a esse estágio,
um estudo realizado pelo Instituto de Estudos do Comércio e Negociações Internacionais (Icone) comparou
as principais certificações globais para biocombustíveis existentes atualmente com o objetivo de identificar
gargalos para sua implementação no Brasil, país referência mundial em biocombustíveis e
com uma série de iniciativas para a produção de combustíveis "verdes" para aviação.
A
iniciativa foi financiado pela Boeing, Embraer e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e analisou as certificações
Bonsucro, Roundtable on Sustainable Biofuels (RBS) e International Sustainability & Carbon Certification (ISCC).
Adotadas para certificação de biocombustíveis para diferentes aplicações, as três
certificações também poderiam ser utilizadas para certificar biocombustíveis de aviação.
"Como
os biocombustíveis de aviação ainda representam um mercado muito novo, não há uma certificação
de sustentabilidade com foco específico para eles. Mas as certificações atuais para biocombustíveis,
em geral, provavelmente também serviriam para certificar biocombustíveis de aviação porque eles
não terão grandes diferenças na produção", disse Paula Moura, uma das autoras do estudo.
Uma das principais constatações do estudo feito pelo Icone é que os padrões de sustentabilidade das três certificações são bastante similares e se baseiam no cumprimento da legislação ambiental vigente no país e no exterior. Entretanto, a principal diferença entre eles está na exigência de alguns critérios adicionais, que poderão interferir na expansão e adesão pelos produtores.
O estudo Benchmark of cane-derived renewable jet fuel against major sustainability standards, de Paula Moura e outros,
pode ser acessado em clicando aqui.
Informação de: BiodieselBR
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