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Publicado em 17/10/2012
Um fórum de entidades empresariais apresentou nesta terça-feira a parlamentares uma proposta de política
para o desenvolvimento do mercado de gás natural no Brasil, com foco na retomada da licitação de blocos
exploratórios do insumo no país e no aumento da participação do produto na matriz energética.
O
documento é dividido em dez temas e foi apresentado pelo fórum a integrantes da Frente Parlamentar Mista Pró-Gás
Natural nesta terça-feira, às 17h30, na Câmara dos Deputados.
O documento propõe medidas
para questões como disponibilidade de gás nos leilões de energia elétrica, a desvinculação
do preço do gás da cotação do petróleo, acesso a gasodutos e unificação de
regras estaduais, entre outros temas.
"O Brasil precisa se posicionar nesse momento em que todas as projeções
indicam um potencial muito grande da existência de gás natural em nosso território e na plataforma continental",
diz o documento.
O fórum também reivindica a retomada "urgente" dos leilões de blocos. Segundo
o grupo, o processo da 11a Rodada de blocos, que vem sendo adiada desde 2011, poderia gerar, no mínimo, 196 milhões
de reais em bônus.
A rodada prevê 87 novos blocos em terra e outros 87 blocos marítimos, que totalizam
mais de 120 mil quilômetros quadrados de áreas exploratórias.
"Ressalta-se que esta área
de novas explorações corresponde a cerca de 40 por cento daquela já em uso no País", afirmou o
presidente da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), Reginaldo Medeiros, coordenador
do fórum, por e-mail.
Gasodutos
Um outro tema que o grupo cobra das autoridades é o
acesso de terceiros a gasodutos existentes, tema regulamentado pela Lei do Gás, que entrou em vigor em 2009.
Para
o fórum de associações, uma das principais dificuldades para a expansão do mercado é o
acesso, "tendo em vista a propriedade quase exclusiva dessa infraestrutura por uma única empresa", de acordo com o
documento.
As entidades também querem uma nova formulação da precificação do gás,
baseada no conceito "preço-molécula", correspondente ao retorno do investimento das empresas exploradoras e
produtoras e aos custos de produção e de escoamento e processamento.
"Essa premissa é importante
para manter o incentivo à atividade de exploração e produção (E&P) e assim preservar
a manutenção e acréscimo das reservas nacionais".
Atualmente, os preços do gás estão
atrelados aos do petróleo, que passa por valorização ao longo dos anos. O documento explica que a metodologia
de tarifas do gás para as distribuidoras estaduais fez com que o preço do gás acumulasse uma variação
superior a 180 por cento no período entre abril de 2007 e agosto de 2012.
O Fórum foi criado este ano
e conta com a participação de 14 associações setoriais, como Abraceel (comercializadores de energia),
Firjan (indústrias do Rio de Janeiro) e Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP).
Informação de: UDOP
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