O que achou do novo blog?
e receba nosso informativo
Publicado em 08/10/2012
A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, defendeu o aumento da mistura de etanol na gasolina dos atuais 20% para 25%, aliviando as importações do combustível pela estatal.
"Assim que o etanol voltar a ocupar novamente 25%, nós ficaremos muito satisfeitos porque o perfil das nossas novas refinarias é para a produção de diesel, que tem uma demanda no Brasil impressionantemente grande... Então, a melhor solução para a gasolina é o etanol voltando a 25%, aí a gente importa menos gasolina", disse Graça Foster, como prefere ser chamada, durante coletiva de imprensa em evento em São Paulo na quinta-feira (4).
O especialista em energia e diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, Adriano Pires, disse à "Reuters" que um aumento imediato da mistura de etanol na gasolina em cinco pontos percentuais permitiria à Petrobras reduzir pela metade as atuais importações de gasolina, o que provocaria uma grande melhora para as finanças da estatal.
As compras externas de gasolina pela estatal estão em 80 mil barris diários e poderiam cair para 40 mil barris por dia.
Segundo Pires, entre 1º de outubro e 25 de dezembro tradicionalmente aumentam o consumo e as importações de gasolina, devido à atividade econômica do país.
A estatal importa o combustível por preços maiores do que revende no mercado interno porque o governo, controlador da Petrobras, não permite o repasse da volatilidade dos preços do petróleo para os combustíveis.
Para aliviar as perdas da estatal, que anunciou prejuízo de 1,3 bilhão de reais no 3º trimestre, o primeiro em 13 anos, o governo federal tem dado sinais de que pode tomar ainda este ano uma decisão sobre o aumento da mistura de etanol na gasolina, que poderia entrar em vigor em 2013.
A proposta de aumento da mistura de etanol na gasolina, de 20% para 25%, não vai tirar o setor sucroalcooleiro do sufoco, mas dará novo fôlego ao caixa da Petrobrás. Por mês, a medida pode representar cerca de US$ 120 milhões a mais nos cofres da estatal, que reduzirá em 41% o volume de importação de gasolina. No ano, a economia chegará a US$ 1,5 bilhão, segundo cálculos do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE).
Por outro lado, o Brasil será obrigado a comprar etanol no exterior para atender a demanda interna. Com a crise internacional que abalou o setor sucroalcooleiro desde 2008, a produção de cana de açúcar encolheu nos últimos anos enquanto o consumo de combustível no País continuou em ritmo acelerado - de 2009 a 2011, o aumento foi de 40%.
Informação de: Tn Petróleo
Envie para um amigo