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UFPR promove primeiro Workshop sobre Inovação

Publicado em 15/06/2015

Evento, que reuniu especialistas em propriedade intelectual, contou com mesa redonda para discutir a relação Universidade-Empresa.
clique para ampliarclique para ampliarMarisol Cardoso, especialista em patentes da Clarke, Modet & Co., falou como funciona o sistema de patentes (Foto: Observatórios Sesi/Senai/IEL)

Representantes de várias instituições participaram do workshop “A Propriedade Intelectual no Sistema da Inovação” que aconteceu no dia 28 de maio no setor de ciências sociais da UFPR. O evento foi promovido pela Agência de Inovação UFPR em parceria com a empresa Clarke Modet & Co. e contou com três palestras e uma mesa-redonda sobre o tema propriedade intelectual.

O diretor executivo da Agência de Inovação UFPR, Emerson Camargo, abriu o evento, apresentando o trabalho desenvolvido pela agência. “O nosso papel é gerir toda a política de inovação e empreendedorismo na UFPR”, explicou Camargo, que trouxe alguns números e um breve histórico da agência, fundada em 2008. Sr. Emerson ressaltou que até hoje já foram registradas 357 patentes (apenas três foram concedidas), 44 transferências de tecnologia, sete empresas incubadas  e três empresas foram graduadas pela agência. Números que demonstram a a contribuição da instituição paranaense em inovação. 

A programação seguiu com a apresentação da Funpar pelo Sr. Hamilton Costa Júnior, diretor de programas da instituição. Costa Júnior  salientou os serviços ofertados pela Fundação: gestão de programas, projetos e eventos de pesquisa, ensino, extensão e desenvolvimento institucional da Universidade Federal do Paraná. "A Funpar faz todo o acompanhamento da execução de projetos desenvolvidos com a parceria da UFPR", informou.

Fechando a primeira parte do evento, a especialista em patentes da Clarke Modet & Co., Marisol Cardoso, explicou como funciona o sistema de patentes. "O número de patentes é o principal indicador de inovação", relatou Marisol. De acordo com a representante da Clarke Modet & Co., hoje, o processo de concessão de patente do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) leva, em média, de oito a 12 anos, envolvendo um longo processo burocrático.

clique para ampliarclique para ampliarMesa redonda discutiu a interação Universidade-Empresa. Alexandre Moraes (UFPR) destacou que para sobrevivência da pesquisa na Universidade é necessário fortalecer a relação com empresas (Foto: Observatórios Sesi/Senai/IEL)

Já a mesa-redonda tratou da relação entre inovação e propriedade intelectual como estratégia de mercado, discutindo a relação entre universidade e empresas. Participaram do debate o coordenador de Propriedade Intelectual da Agência de Inovação UFPR, Alexandre Moraes; o diretor da Agência de Inovação da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Gilberto Branco; a responsável pela área de Propriedade Industria do Senai, Heloísa Cortiani de Oliveira; o gerente do Centro Internacional de Inovação (C2i) do Sistema Fiep, Filipe Cassapo; o diretor presidente do Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade (IBQP), Sandro Vieira; e novamente o diretor de Programas da Funpar, Hamilton Costa Júnior.

O principal ponto criticado pelos participantes foi a burocratização exagerada existente no setor, o que atrasa o avanço tecnológico e frustra muitos inventores – que podem acabar vendo sua ideia se tornar obsoleta antes de conseguirem a patente para ela. Cassapo falou que além da burocracia, os altos gastos com impostos reduzem recursos das indústrias para investimento em pesquisa.  

Segundo Cassapo, o Brasil tem produção cientifica altíssima, mas por causa desses entraves há baixo protagonismo em inovação e baixa inserção de pesquisadores em empresas, sendo que o Brasil tem potencial para se tornar mais competitivo. Cassapo destacou que o país precisa investir mais em pesquisa, inovação e tecnologia e desenvolver tecnologia de alto valor agregado, indo além das commodities. O representante do C2i também ressaltou que o país tem 63 Institutos Senai de Tecnologia (IST) e 24 Institutos Senai de Inovação (ISI) para transferir conhecimento para a indústria.

Gilberto Branco avaliou que o empresário é tímido, que ainda tem medo de se arriscar em projetos tecnológicas. Gilberto citou sua experiência de participação no projeto de Articulação das Rotas Estratégicas para o Futuro da Indústria Paranaense, no qual o empresariado ainda se envolve pouco nesses tipos de iniciativas.

Moraes e Vieira citaram a falta de conhecimento que existe nas duas pontas da relação entre mercado e academia. “A indústria precisa entender a linguagem da academia e a recíproca é verdadeira”, apontou o diretor do IBQP. Segundo os palestrantes, esta união é benéfica tanto para os pesquisadores, que conseguem ver os seus projetos sendo executados com mais agilidade e recursos, quanto para as instituições privadas, que podem aproveitar o conhecimento acadêmico e facilitar o acesso da sociedade aos produtos e serviços desenvolvidos.

 

Com informações de UFPR (Jéssica Maes), adaptado pela equipe dos Observatórios Sesi/Senai/IEL.

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