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Publicado em 31/05/2016
A Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) reconheceu nesta quinta-feira (26), oficialmente, o Paraná
como Área Livre de Peste Suína Clássica. O ato de reconhecimento aconteceu em Paris, durante reunião
anual da OIE, com a participação dos seus 180 países membros.
A concessão do
reconhecimento é mais um passo para ampliar as possibilidades da indústria elevarem o volume de exportação,
que atualmente está em torno de 10% em relação ao volume de carnes produzido no Estado.
O reconhecimento internacional de doenças de importância para o mercado mundial, acontece anualmente, sempre
no mês de maio, durante a Assembléia Geral da OIE. Junto com o Paraná, são 14 estados brasileiros
e mais o Distrito Federal que obtêm esse reconhecimento, neste ano.
ADAPAR - A conquista desse status
sanitário representa o cumprimento de uma das metas da Adapar, que foi criada pelo governador Beto Richa e que completa
quatro anos de atividades neste mês de maio.
A OIE representa o braço técnico da Organização
Mundial do Comércio (OMC), cujas recomendações servem de referência para os mercados internacionais
decidirem sobre comércio de animais e produtos de origem animal. O Paraná é o terceiro estado maior produtor
de carne suína do País. Em 2015 produziu 676,3 mil toneladas de carne e exportou 64,4 mil toneladas.
Para o presidente da Agência de Defesa Agropecuária (Adapar), Inácio Afonso Kroetz, esse reconhecimento,
chancelado por 180 países, atesta a robustez da defesa agropecuária e fortalece as operações comerciais
com animais e produtos de origem animal no mercado global.
A peste suína clássica já
está erradicada no Paraná desde 1994, quando o Estado foi reconhecido oficialmente pelo Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento, junto com os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, como área
livre da doença. Ocorre que desde 2005, a OIE decidiu que a partir de 2015 adotaria o sistema de reconhecimento regional
para essa doença, a exemplo do que já faz com doenças aviárias (como a doença de NewCastle)
e a febre aftosa.
MEDIDAS - O Paraná se preparou para apresentar o pleito com mais intensidade nos
últimos anos, informou Kroetz. “Para isso foi necessário adotar medidas de biossegurança nas granjas,
controle e monitoramento mais rígido no trânsito de animais, e vigilância sanitária por meio de
testes laboratoriais”, disse ele. “Essas ações fazem parte de um conjunto de requisitos que obrigatoriamente
são apresentados à OIE”.
Entre as medidas estão a investigação na
área de sanidade das granjas de suínos, com a realização de sorologia epidemiológica nos
animais; a adoção de um sistema de proteção baseado na vigilância, auditável, com
apoio laboratorial e também foram implementadas medidas de biossegurança no sistema produtivo.
MANTER A CONDIÇÃO - Segundo o presidente da Adapar, todo esse trabalho permanece para manter o Paraná
livre da doença. “Conquistar essa posição é relativamente mais simples quando temos o apoio
e parceria do poder público e dos produtores, do que manter a condição, o que é mais importante”,
disse Kroetz. Segundo ele, a conquista desse status sanitário aumenta a responsabilidade da Adapar em manter seguro
o serviço de vigilância oficial e os produtores cuidarem da biossegurança nas granjas para evitar a reintrodução
do vírus que causa a doença.
Kroetz ressaltou que quanto mais for aperfeiçoado o Serviço
de Defesa Agropecuária no Estado e quanto mais intenso for o compartilhamento das ações e responsabilidades
com o setor privado, maior o reconhecimento da qualidade sanitária dos animais e dos produtos agropecuários
paranaenses.
Saiba mais sobre o trabalho do Governo do Estado em: www.pr.gov.br e www.facebook.com/governopr
Com informações de Agência de Notícias PR
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