Embrapa inaugura terceiro maior banco genético do mundo
Publicado em 29/04/2014
O prédio terá capacidade para abrigar mais de um milhão de amostras nos diferentes métodos de armazenamento
clique para
ampliar>Primeiro depósito
de sementes no novo banco foi feito pelo presidente Maurício Lopes, Pelo Senador Rodrigo Rollemberg (PSB/DF) e pelo
deputado Jofran Frejat (PR/DF). (Foto: André Macario)
Um moderno prédio de mais de dois mil metros quadrados divididos em dois pavimentos
abrigará uma das maiores coleções mundiais de recursos genéticos e será a terceira maior
instalação do mundo desse gênero em capacidade de armazenamento. Inaugurado na manhã do dia 24
de abril, o novo Banco Genético da Embrapa deu início às comemorações
dos 41 anos da Embrapa. A cerimônia contou com o depósito do primeiro material do novo banco realizado pelo presidente
da Empresa, Maurício Antônio Lopes.
As instalações compõem a infraestrutura da Embrapa Recursos
Genéticos e Biotecnologia (Brasília, DF) e tem capacidade para abrigar até 750 mil amostras
de sementes, dez mil vegetais in vitro, além das coleções mantidas a 180º C negativos por meio de
nitrogênio líquido, método conhecido como criopreservação, que manterá mais
de 200 mil amostras vegetais, animais ou de microrganismos. Ao todo, o prédio
terá capacidade para abrigar mais de um milhão de amostras nos diferentes métodos de armazenamento. A
obra envolveu investimentos da ordem de R$13 milhões oriundos de emendas parlamentares e da própria Embrapa.
"Os recursos genéticos são a base da pesquisa e o pilar central
da agronomia brasileira," disse o presidente ressaltando que a capacidade do novo Banco Genético da Embrapa
colocará o Brasil entre os três maiores repositórios mundiais do gênero. Para Maurício
Lopes, as grandes conquistas da pesquisa agropecuária nacional se deram graças ao domínio da genética.
"Adaptamos bovinos da Índia, soja da China e gramíneas da África às condições brasileiras
porque soubemos trabalhar com a diversidade genética, daí a importância de um empreendimento como este",
colocou o presidente da Embrapa.
O prédio ainda possui um showroom com exposição permanente
de tecnologias da Embrapa e da história da conservação ex-situ na empresa. Na laje, será instalada
uma fábrica de nitrogênio líquido, elemento fundamental para a conservação de amostras a
temperaturas ultrabaixas.
"O Brasil ingressa no grupo dos grandes países que preservam o patrimônio
genético da humanidade", comemorou o chefe geral da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Mauro Carneiro,
para quem o banco recém-inaugurado impulsionará pesquisas e será um importante repositório de
segurança para materiais de interesse agropecuário. O Banco Genético de Brasília receberá
cópias de todos os bancos da Embrapa instalados em suas unidades de pesquisa distribuídas pelo Brasil, funcionando
como um backup dessas coleções. "Não é possível pensar num país que seja grande
produtor de alimentos sem possuir uma forte coleção de base", acredita o chefe geral.
As novas instalações
irão disponibilizar amostras para a realização de pesquisas voltadas a diferentes aplicações
como o desenvolvimento de novas tecnologias e produtos, o estudo de microrganismos que podem controlar pragas e doenças
das lavouras e ainda devolver ao campo espécies que foram perdidas ao longo do tempo.
O
roadmapping da Rota Estratégica em Biotecnologia Animal e em Biotecnologia Agrícola e Florestal têm como uma das visões
de futuro para a indústria paranaense tornar-se referência em Genética e Melhoramento. O novo banco genético
inaugurado pela Embrapa estimula e influencia o fator crítico Pesquisa, Desenvolvimento, Tecnologia e Inovação.
Fonte: Embrapa
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