e receba nosso informativo
Publicado em 12/05/2015
Quatro casos mais recentes de mormo em cavalos – dois registrados no Estado de Goiás, um em Mato Grosso do Sul e outro em Santa Catarina – acendem um alerta sobre os problemas que envolvem, atualmente, a equideocultura brasileira. Faltam informações sobre sanidade e controle do rebanho de equídeos (cavalos, muares e asininos), assistência técnica no campo, programa nacional para registro dos animais que circulam pelo País e mais laboratórios especializados na detecção de doenças, como o mormo e a anemia infecciosa, outro mal que acomete este tipo de rebanho no Brasil.
Os gargalos do segmento, que também faz parte do agronegócio brasileiro e emprega mais de 3,5 milhões de pessoas direta e indiretamente, foram destaques durante uma reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Equideocultura do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), na sede da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). O encontro foi comandado pelo presidente da Câmara, Flávio Obino, com participação, entre outros, de Hélio Fábio do Nascimento Guerra, representante da CNA no colegiado e presidente da Comissão de Equinos da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg).
“Por causa dos casos de mormo e anemia infecciosa no Brasil não podemos exportar equídeos para outros países. Nossa equideocultura é muito desenvolvida, mas temos sofrido com sanções do mercado externo por causa destes problemas”, lamenta Guerra. Para ele, há falhas de fiscalização nas divisas territoriais.
“Queremos o apoio do governo federal para que liberem verbas para instalação de laboratórios que possam detectar estes males e ainda um banco de dados com o registro do rebanho, por meio de um chip implantado no equídeo, que também traria o histórico veterinário do animal”, destaca o representante da CNA na Câmara Setorial.
Ele também acredita na importância da capacitação profissional: “Precisamos contar com técnicos capacitados que nos ajudem ministrando palestras no campo, repassando informações para os pecuaristas, sejam eles pequenos, médios ou grandes produtores”.
Apesar do atual cenário da equideocultura não ser dos melhores, Guerra se mostra otimista com o futuro do segmento, principalmente porque a “ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu, já sinalizou que quer dialogar com o setor, que antes não tinha respaldo político”.
Articulação da Rota Estratégica de Biotecnologia Animal
Grupo de Trabalho Incremento na Sanidade Animal
Um grupo de trabalho multi-institucional da Articulação da Rota Estratégica de Biotecnologia Animal, com o apoio da Rede Paranaense de Metrologia e Ensaios (Paraná Metrologia), foi responsável pelo desenvolvimento do projeto Acreditar, que auxiliou vários laboratórios de diagnóstico animal, principalmente de AIE, na obtenção da acreditação e consequente manutenção do credenciamento junto ao MAPA, o que fortaleceu a infraestrutura técnica dos laboratórios de diagnóstico animal no estado do Paraná.
Uma segunda rodada do projeto Acreditar está prevista para o segundo semestre de 2015. Ao apoiar este processo, o grupo de trabalho “Incremento na Sanidade Animal” dos Observatórios Sesi/Senai/IEL e a Rede Paranaense de Metrologia e Ensaios vislumbram a ampliação da oferta de serviços acreditados a nível nacional, e a criação de novas oportunidades e mercados em relação a ensaios de proficiência.
Com informações de SNA/RJ e Observatórios Sesi/Senai/IEL.
Envie para um amigo