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Publicado em 17/09/2018
Até 2025, os três estados da região Sul (RS, PR e SC) alcançarão a marca de 50% da produção de leite do Brasil. Para assegurar
que essa produção tenha sanidade e segurança, é importante que os produtores se atentem às normas de biosseguridade animal
e as empreguem em suas propriedades. O ponto foi levantado pelo presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat),
Alexandre Guerra, durante fórum de debate promovido pelo Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa) e o
Canal Rural, durante a 41° Expointer.
Para Guerra, a assistência técnica e o cumprimento das regras de sanidade
animal são imprescindíveis para manter a cadeia leiteira rentável e competitiva. "Não se concorre mais com o vizinho, mas
sim com o mundo inteiro", ressaltou, referindo-se ao caráter exportador do Estado. Como medidas de controle, o dirigente destacou
a necessidade da produção e compra de antígenos para certificação de propriedades para tuberculose e brucelose, zoonoses que
o rebanho leiteiro precisa eliminar e causam prejuízos ao setor na abertura de novos mercados e novos produtos. "Sem o antígeno
produzido no Brasil ou importado, corremos o risco de comprometermos o
desenvolvimento e a competitividade da produção",
afirmou.
Painelista do evento, o superintendente do Ministério da Agricultura (Mapa), Bernardo Todeschini, alertou
que a responsabilidade pela sanidade animal do RS e do Brasil é de todos. "A saúde humana e animal são bens públicos. Não
pertencem a algum produtor", disse, destacando as exigências sanitárias que devem ser sempre cumpridas. "Produtor não é cientista
e a propriedade não é balão de ensaio", alertou.
Para o presidente do Fundesa, Rogério Kerber, a biosseguridade
é um "pilar fundamental" da atividade, tanto leiteira, quanto aviária, suína ou de qualquer âmbito da proteína animal. "Nós
produzimos porque temos consumidores que estão cada vez mais atentos e estabelecendo critérios para o que querem", disse.
Para Kerber, cumprir as normas sanitárias é um método eficaz não só no combate das doenças, mas também na prevenção. "Investimento
é diferente de custo. Investimento é o que vai nos dar garantia de continuidade da nossa atividade principal", frisou Kerber.
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