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Principais raças equinas brasileiras

Publicado em 04/05/2018

Escolher um cavalo, ou mais ainda, apaixonar-se por uma raça específica, é algo que não conseguimos explicar. É como time de futebol, parece que já nascemos com aquela paixão. Muitas vezes somos inspirados pelo meio que vivemos, a raça que a família trabalha há gerações, por exemplo. Seja como for, mergulhar de cabeça nessa ou naquela raça e suas particularidades e funcionalidades, é algo especial.

Cada cavalo tem sua morfologia e função, seja passeio, cavalgadas ou esporte. Normalmente, pesquisamos muito para definir cruzamentos ou decidir sobre a compra de um exemplar. Quem foram os pais, o que eles já produziram, como determinada linhagem se comporta na função que estamos desejando desenvolver. Estudo de genética, pedigree e campanha é comum. Mas você já pesquisou a história da sua raça do coração.

Pensando nesse ponto de vista, nós pesquisamos! Segundo o site Meio Rural (dados de 2016), existem no Brasil dez raças de cavalos de sela e três raças de pôneis formadas em território nacional, e 14 raças de cavalo de sela e tração e três de pôneis de origem estrangeira e criadas em diversos estados. Cada uma delas para atender as necessidades esportivas, de trabalho e de gostoso pessoais dos seres humanos.

As raças genuinamente brasileiras listadas são o Brasileiro de Hipismo, Campeiro, Campolina, Lavradeiro, Mangalarga, Mangalarga Marchador, Marajoara, Nordestino, Pampa, Pantaneiro, e os pôneis Pônei Brasileiro, Piquira e Puruca. As estrangeiras são Andaluz, Anglo-Árabe, Appaloosa, Árabe, Bretão, Clydesdalle, Crioulo, Friesian, Lusitano, Morgan, Paint Horse, Percheron, Puro Sanguê Inglês, Quarto de Milha, e os pôneis Fjord, Haflinger e Shetland. Cada uma delas com sua origem e características.

O Brasileiro de Hipismo, por exemplo, surgiu na década de 70. É uma mistura de várias raças europeias. Fundada em 1975, a Associação da raça conta nos dias de hoje com mais de 18000 animais registados no stud-book. Os animais de cerca de 1,68m e 600kg são usados para as provas de Hipismo, como Salto, CCE, Adestramento, Volteio e ainda Equitação de Trabalho. O Campeiro tem sua origem em Santa Catarina, no século 16, a partir de animais de origem espanhola. A seleção natural formou o padrão racial e prima pela rusticidade e resistência. Os exemplares estão todos em Santa Catarina, são dois mil registrados, aproximadamente, utilizado para lida com gado e cavalgadas.

A raça Campolina foi criada pelo Coronel Cassiano Campolina, no Rio de Janeiro. Cavalos altos e bom marchadores foram as escolhas para as cruzas visando formar essa nova raça, lá nos anos 1857. O primeiro exemplar veio de uma cruza com cavalo Andaluz e ditou o padrão até hoje. É um cavalo famoso por sua marcha cômoda, sendo utilizado nas provas de Marcha e cavalgadas. É no estado de Roraima que observamos a origem do Lavradeiro, cruza de cavalos selvagens da região no século 18. Se distinguem por porte atlético baixo, alta fertilidade e grandes velocidades. Após domados, se mostram muito dóceis e ativos para o trabalho no campo.

O cavalo Mangalarga teve origem nos cavalos da Península Ibérica, trazidos ao Brasil pelos colonizadores. Eram Lusitanos que foram utilizados com melhoramento genético para formar uma nova raça que fosse ideal para o trabalho nas fazendas, lida com gado, e para o esporte. Nasceu então o Mangalarga com bons andamentos, resistência, docilidade, com marcha trotada. Hoje são mais de 193 mil exemplares. O Mangalarga Marchador tem a mesma origem, animais trazidos pela comitiva de D. João VI. Sua marcha picada ou batida se caracteriza pelo apoio tripedal. Os animais dessa raça, que já são mais de 300 mil no Brasil, são muito utilizados para provas de Conformação, Marcha, Enduro, cavalgadas e até Salto.

O Marajoara, como o nome sugere, foi desenvolvido na Ilha de Marajó, Pará. A raça se desenvolveu a partir da seleção natural desde o século 17, adaptando-se muito bem às características da ilha, como excesso de umidade o ano todo e clima quente e úmido. Estima-se mais de 150 mil exemplares, utilizados em sua maioria para a lida com búfalos, gado e provas de resistência. A origem do cavalo Nordestino também data do século 16 e 17, com os primeiros animais que chegaram para desbravar o continente. Acredita-se que foram formados a partir das raças portuguesas Sorraia e Garrano. É um cavalo pequeno e resistente, bem adaptado às condições do semi-árido nordestino.

O Pampa é uma raça que reúne animais de diversas raças que tenham como característica principal sua pelagem. São aceitos para registro cavalos das raças Anglo-Árabe, Campeiro, Campolina, Crioulo, Mangalarga, Mangalarga Marchador e PSI, desde que obedecendo o critério de pintados. O animal deve ter pelo menos uma área de pelos brancos medindo em torno de 100cm². O cavalo Pantaneiro tem origem de cavalos oriundos de expedições de exploração no interior do Brasil no século 16 e são encontramos na região do Mato Grosso e Pantanal, sob condições inóspitas de excesso de umidade, mas com abundancia em pastagens. É muito utilizado na lida diária com gado e em provas de resistência, maneabilidade e velocidade, além de cavalgadas pelo Pantanal.

Fonte: Cavalus

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