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Publicado em 18/09/2017
A Associação Nacional de Criadores e Pesquisadores (ANCP), de Ribeirão Preto (SP), em parceria com a Embrapa Cerrados, de Planaltina (DF), lançou a Diferença Esperada na Progênie (DEP) para maciez da carne (DMAC). Esta ferramenta permite comparar o mérito genético de animais e possibilita identificar os que forem superiores para essa característica, além de predizer a capacidade de transmiti-la à sua progênie com acurácia de 32% a 56%.
Este é o primeiro programa de melhoramento genético do País a utilizar a metodologia, voltada para gado de corte. A nova tecnologia já está presente no Sumário de Touros, lançado no dia 21 de agosto, durante a ExpoGenética 2017, em Uberaba (MG).
“Esse é um novo marco para a raça Nelore e pode contribuir para aumentar o valor agregado da carne brasileira”, afirma o professor Raysildo Lôbo, presidente da ANCP. Segundo ele, a DEP de maciez de carne, como quaisquer características, deve ser utilizada de forma comparativa.
“Animais com DEPs menores apresentam carne mais macia que aqueles com DEPs maiores”, diz Lôbo. “Portanto, na seleção, devem-se priorizar os touros com menores DEPs e utilizar preferencialmente os que apresentarem DEP negativa para maciez da carne.”
Segundo o criador Carlos Viacava, dono da marca Nelore Mocho CV, essa ferramenta vai possibilitar ao País exportar carne macia. “Maior raça isolada produtora de carne do mundo, o Nelore passa, agora, a frequentar os mercados mais exigentes. É preciso difundir esse trabalho em benefício da pecuária brasileira e da balança comercial brasileira”, acrescenta.
BASE DE DADOS
Para identificar os animais capazes de produzir carne macia, foram utilizadas informações da Embrapa Cerrados, com base nos abates técnicos da Guaporé Pecuária, da seleção de Nelore Mocho da Marca OB, de Ovídio Carlos de Brito. Também foram incorporados dados da marca Nelore CV, de Carlos Viacava, e BRGN, da própria Embrapa.
“O convênio entre a Embrapa e a ANCP possibilitou a definição de um conjunto de marcadores moleculares associados à maciez, validados pelos fenótipos correspondentes, o que viabilizou a estimativa de DEPs para essa característica”, afirma Carlos Viacava.
Leia a reportagem na íntegra aqui.
Fonte: SNA
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