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Publicado em 24/08/2017
Pesquisadores da USP desenvolveram uma nova técnica para avaliação dos níveis de mercúrio em percolados líquidos, o resíduo altamente poluente conhecido como chorume, oriundo dos aterros sanitários. O metal é considerado um dos mais tóxicos para a saúde humana e é responsável por séria degradação ambiental. A ferramenta utiliza espectroscopia a laser, chamada Laser Induced Breakdown Spectroscopy (LIBS). O procedimento é ambientalmente mais limpo que as tecnologias existentes por ser isento de reagentes químicos, e mais rápido, por ser feito em tempo real.
O estudo que deu origem à técnica foi realizado nos laboratórios da Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária (Embrapa) Instrumentação – São Carlos e coordenado por Carlos Renato Menegatti,
da Escola de Engenharia de Lorena (EEL) da USP. O assunto foi destaque internacional no The OpticalSociety
Journal Applied Optics.
Metais pesados no lixo
O tratamento
e a destinação do lixo têm sido uma constante preocupação da sociedade no mundo inteiro.
Os aterros sanitários são uma solução utilizada, mas também são responsáveis
por inúmeros problemas ambientais. Metais pesados tóxicos (mercúrio, o chumbo, o cobre, o arsênio
e o cromo) presentes nos fluidos acabam contaminando o solo e as águas subterrâneas ou escoam para as águas
dos rios, lagos e mares. O mercúrio está associado a problemas neurológicos e à má
formação de fetos, bem como a problemas no desenvolvimento infantil.
As concentrações
aceitáveis de mercúrio pelos padrões ambientais são de até 0,5 mg/L (miligrama por litro),
porém, os níveis encontrados em amostras de percolado líquido estavam entre 0,05 e 160 mg/L, relata Menegatti.
Em função dos riscos à vida humana, leis específicas exigem dos administradores de aterros sanitários
que eles façam a coleta, a drenagem e o tratamento desses líquidos antes deles serem despejados no meio ambiente.
O descumprimento prevê de multas até a paralisação dos serviços do aterro. A ferramenta
LIBS atua nesta etapa do processo: analisa e fornece dados confiáveis que garantem que os níveis de contaminantes
estejam dentro dos valores permitidos por lei.
Saiba mais aqui.
Fonte: Jornal
USP
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