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Publicado em 06/02/2017
A utilização de vacas jersolando (cruzamento de jersey com holandesa) pode ajudar na redução das emissões de gases de efeito estufa na atividade leiteira. A conclusão é de um estudo feito pela Embrapa Pecuária Sudeste, que comparou o desempenho de fêmeas desta raça com o de vacas holandesas.
“A pesquisa indica mais um caminho para a redução da emissão de gases
de efeito estufa na pecuária. Ou seja, as vacas jersolanda podem ser uma alternativa para que os
sistemas de produção de leite brasileiros registrem menores emissões”, diz o pesquisador Alexandre
Berndt, conforme divulgado pela empresa.
O trabalho, coordenado pela pesquisadora Patrícia Anchão,
comparou o desempenho nos sistemas extensivo e intensivo irrigado. Foram observados 24 animais, 12 de cada raça, e
avaliados durante duas lactações. As emissões de gases foram medidas três vezes em cada período
de lactação, no inverno, primavera e verão.
Nos dois sistemas de pastejo, o volume emitido
pelas vacas jersolando foi menor por animal. A diferença para a holandesa variou entre 9% e 13% menos metano (dependendo
do grau de intensificação), com a possibilidade de ter um animal a mais por hectare.
Em relação à oferta de leite, a pesquisa constatou que a produção foi igual: média de 25 quilos ao dia. No entanto, a jersolando conseguiu emitir menos gases. “Como as vacas jersolandas produziram a mesma quantidade de leite que as holandesas em uma das lactações, a emissão por litro de leite ficou menor”, informa a Embrapa.
Uma das hipóteses consideradas para o resultado é a diferença de tamanho dos bovinos das duas raças:
o jersolando é menor que o holandês. Animais de menor porte, explica a Embrapa, comem menos e emitem menos. Apesar
das diferenças, a pesquisa destaca que ambas apresentam níveis emissões compatíveis com os sistemas
internacionais.
Os pesquisadores da Embrapa Pecuária Sudeste investigaram também a quantidade de árvores
necessárias para neutralizar as emissões de gases das duas raças. Para a vaca jersolanda,
seriam necessários 40 por hectare. Na holandesa, o número sobe para 52. O comunicado da empresa não menciona
espécies de plantas.
Com informações de Globo Rural
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