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Carne brasileira invade redes de fast-food nos Estados Unidos

Publicado em 11/10/2016

Em dois meses, desde que os governos dos dois países liberaram a exportação bilateral de carne bovina in natura, Brasil embarcou para os EUA 153,5 toneladas em peças dianteiras, usadas para fazer hambúrguer

bovinos

Cheeseburger, cheesebacon, você deve ter notado que todos esses nomes de sanduíche – que até vêm com ingredientes diferentes, mas têm no hambúrguer peça obrigatória – derivam do inglês. E não é à toa: as principais redes de fast-food são dos Estados Unidos. Agora, o que você pode não saber é que o patrimônio gastronômico norte-americano tem ganhado um sabor cada vez mais brasileiro.

Desde que os governos dos dois países assinaram um acordo liberando a exportação de carne bovina brasileira in natura para os EUA, em agosto, foram embarcadas 153,5 toneladas, conforme dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). O presidente da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), Péricles Salazar, explica que os cortes enviados até agora são os dianteiros, usados pelos americanos para fazer hambúrguer: “é uma característica da demanda. Os cortes traseiros eles produzem lá”.

O assessor técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA) Rafael Linhares avalia que a exportação, por enquanto, segue num ritmo moderado. Segundo a Abrafrigo, até o momento, há cinco frigoríficos credenciados, sendo que o processo de liberação, se tudo corre bem, dura em média 45 dias.

O mercado, no entanto, é promissor: além do hambúrguer pronto que já era exportado para os EUA, os criadores brasileiros ganharam mais um canal de comércio. “Agora enviamos a matéria-prima, também”, ressalta Rafael Linhares. “A carne será usada por redes de fast-food, é um incremento para nós”, completa.

Outro ponto de destaque é que os norte-americanos são vistos como referência em sanidade por outros compradores, como México, Canadá e Japão. “Abrindo as portas nos EUA, podemos abrir outros mercados”, salienta Salazar. “A visibilidade do Brasil é bem maior agora”, acrescenta Linhares.

As negociações para que o Brasil pudesse vender carne in natura para os Estados Unidos levaram ao todo 17 anos.

Com informações de Gazeta do Povo.

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