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Publicado em 27/04/2016
Em um evento técnico, organizado na tarde do dia 19, a Embrapa e a empresa Engmaq iniciaram a validação do "Entreposto Móvel de Pescado - EMP", adquirido pela empresa Piscis, do Ceará, e que vai operar no processamento de tilápias produzidas em tanques redes em grandes açudes daquele estado. O projeto desse entreposto é da Embrapa Pesca e Aquicultura, de Palmas/TO, com acompanhamento da Embrapa Suínos e Aves, de Concórdia/SC, e a Engmaq, de Peritiba/SC.
O início dos trabalhos ocorreu na localidade de Pinhal, interior do município de Concórdia, na Empresa Pescados Pinhal. A atividade contou com a presença de técnicos de órgãos do serviço de inspeção estadual, como a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina - Cidasc, e municipal, como a secretaria de Agricultura de Concórdia, além de órgãos como Fundação do Meio Ambiente - Fatma e Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina – Epagr. Também estiveram na atividade representantes da FIESC/SENAI, Cooper Juriti, ACAPI – Presidente Castello Branco, GTER – Energias Renováveis, Emater/DF, SEBRAE, Ambiotop e o secretário de Agricultura de Ipira. Da Embrapa estavam presentes o chefe da Embrapa Pesca e Aquicultura, Carlos Magno Campos da Rocha, a chefe geral da Embrapa Suínos e Aves, Janice Reis Ciacci Zanella, o pesquisador Elsio Figueiredo, o analista Cássio Wilber e o técnico Idair Piccinin. Ainda fizeram parte dos trabalhos de validação do entreposto o empresário André Siqueira, da Piscis, e o proprietário da Engmaq, Gerson Pilatti.
A apresentação do entreposto móvel de pescado foi realizada pela pesquisadora Patrícia Mochiaro Chicrala, da Embrapa Pesca e Aquicultura, responsável pelo projeto. Ela destacou a estrutura e a importância do entreposto considerando especialmente o propósito do desenvolvimento do equipamento. "Este tipo de equipamento vem para auxiliar os produtores no processamento da carne de peixe, contribuindo especialmente para a qualidade do produto", enfatizou a pesquisadora. Ela destacou também que o objetivo da tecnologia de abate móvel é opção para reduzir a clandestinidade e favorecer a melhoria da qualidade da carne de suínos, aves, cordeiro, jacaré e peixes. "Eles também contribuem para o controle fiscal nos municípios brasileiros", enfatizou.
O entreposto de pescado foi desenvolvido para atender todo o processamento na cadeia da pesca, visando também a redução de custos para o produtor. "O desafio desta tecnologia está justamente no pré-processo, ou seja, no abate do peixe, o que é uma das etapas mais complicadas do ponto de vista de garantir a qualidade e sanidade da carne. O transporte dos peixes vivos para um local de abate é muito caro e pesado para os produtores, por isso temos que pensar em soluções", comentou o chefe geral da Pesca e Aquicultura, Carlos Magno. Ele também frisou a parceria com a Embrapa Suínos e Aves e a empresa Engmaq, que foram decisivos para que o entreposto móvel de pescado fosse desenvolvido e adaptado de acordo com o projeto da pesquisadora Patrícia, e estivesse nesta fase de validação.
Em seguida, os participantes do encontro fizeram visita ao entreposto, guiadas pela pesquisadora Patrícia, que mostrou as fases do processo e o funcionamento dos equipamentos. Além de conhecer o processo, o momento foi para que os representantes de órgãos estaduais de controle e fiscalização da agropecuária fizessem sua contribuição para os ajustes ao sistema. "Apesar de o entreposto já estar a caminho do Ceará, onde será utilizado pela empresa Piscis, este teste é importante para que Santa Catarina, um estado que tem potencial na área de piscicultura pudesse conhecer o equipamento facilitando o uso dele aqui", comentou o pesquisador da Embrapa Suínos e Aves, Elsio Figueiredo, que coordena o projeto e a parceria com a Engmaq.
O EMP atua no processo completo, com equipamentos como esteira lavatória, eletronarcose, tanque de sangria, esteira rotatória para transporte dos peixes não eviscerados, mesa de evisceração, esteira de peixe eviscerados, local de acondicionamento em caixas com gelo e câmara fria. Podendo efetuar também a filetagem, a separação mecânica da carne (CMS), pesagem e embalagem. Assim como o abatedouro móvel de suínos, lançado em setembro pela Embrapa, o EMP prevê também a etapa de destino correto de resíduos.
Sobre a tecnologia - O desenvolvimento da tecnologia dos abatedouros móveis para animais de produção pela Embrapa e Engmaq tem como objetivo oferecer uma solução para arranjos produtivos que produzem carne e pescado para o mercado. Essa solução contempla três modelos distintos de abatedouros. Um deles é o de Suínos e Ruminantes, lançado em setembro de 2015. O segundo modelo atende aves e coelhos e ainda está em desenvolvimento. Já o terceiro modelo é o Entreposto de Pescado, em processo de teste e validação pelos órgãos responsáveis pelo sistema de inspeção.
Dentro das visões de futuro do Roadmapping de Biotecnologia Aplicada à Indústria Animal, a construção de novas tecnologias em prol do desenvolvimento da indústria possui um papel de destaque.
Com informações de Embrapa.
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