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Leite Sudoeste estuda projeto de mapeamento genético

Publicado em 30/11/2015

leite sudoeste

O grupo coordenador do projeto Leite Sudoeste criado pela Associação dos Municípios do Sudoeste do Paraná (Amsop) e apoiada por entidades, associação e cooperativas da agricultura familiar quer mapear geneticamente o rebanho leiteiro da região. A idéia é ter um levantamento que aponte as principais características dos animais que compõem a bacia leiteira do Sudoeste identificando principalmente as doenças e apontando quais animais tem melhor capacidade de produzir leite com qualidade.

O assunto foi discutido na terça-feira (24) na Amsop com coordenadores do projeto e representantes de uma empresa que faz a ponte no Brasil com a tecnologia americana que faz essa leitura genética. O mapeamento genético é feito do pelo do animal em qualquer idade, com possibilidade até quando ainda está no útero da vaca.

A iniciativa pretende aprimorar a seleção de animais com uso de tecnologia de ponta e que esse estudo possa antecipar as informações para melhoria do leite. Com melhor produto é possível garantir mercado interno e até abrir mercado externo. Dados do Ministério da Agricultura e de empresas especializadas mostram que nosso leite (Brasil) possui poucos sólidos, ou seja, gordura e proteína, e muita água. Produto com essas características não entram nos principais mercados no mundo.

Genética

O diretor técnico da TAG do Brasil Celso Barbiero e o presidente da empresa no Brasil Jonei Bortolanzo explicaram a metodologia utilizada e como esse levantamento poderá ser útil para a bacia leiteira da região. “As empresas, cooperativas e associações estão muito preocupados com a qualidade do leite. Com esse diagnóstico podemos saber com antecedência sobre uma dezena de informações sobre o animal”, salienta Barbiero, que é especialista em genética. Reforça ainda que esse levantamento é feito há muitos anos nos países desenvolvidos e por isso da qualidade do leite produzido lá, como Estados Unidos, Canadá, Holanda etc.

Bortolanzo complementa dizendo que para obter o mapeamento as amostras são enviadas para o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos – USDA por meio de uma empresa parceiras que eles possuem no Brasil. “Para decifrar as informações remetidas pelo USDA nós temos um software capaz de traduzir para a compreensão nossa e dos clientes. A partir daí saberemos tudo sobre o animal avaliado”, frisou.

O coordenador do Leite Sudoeste o médico-veterinário Clóvis Cuccolotto ressalta os benefícios da proposta. “Entendo como um avanço muito grande na questão da qualidade. Se no sistema atual nós precisamos esperar pelo menos 36 meses para saber se a novilha vai ser boa para o plantel quando estiver produzindo, com esse mapeamento podemos antecipar para apenas 60 dias após coleta do material. Ou seja, temos condição de acelerar em muito a busca pelo melhor leite”, observou. Com relação aos passos seguintes, Cuccolotto adiantou que estarão em busca de parceiros para cobrir parte as despesas de cada exame. “Queremos atender todos os 42 municípios do Sudoeste, e para isso é preciso um investimentos relativamente alto”, comenta.

Com informações de Jornal Novo Tempo

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