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Publicado em 25/11/2015
Dos R$ 1,4 bilhão disponibilizado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), apenas
R$ 250 milhões foram contratados por produtores da Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC). A falta de
informação seria um dos principais motivos pela baixa procura.
O fato é que a safra 2015/2016
já está quase na metade e apenas 18% dos recursos disponíveis pelo BNDES para a ABC foram acessados.
A informação foi dada pelo gerente de crédito rural do BNDES, Tiago Peroba, durante o “Workshop
Agricultura de Baixa Emissão de Carbono”, realizado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec),
nesta terça-feira, 10 de novembro, na sede da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso
(Famato).
Após as palestras, alguns agricultores contaram suas experiências positivas com a
ABC. Para o secretário adjunto de Agricultura da Sedec, Alexandre Posssebon, o evento cumpriu com seu objetivo. “Os
exemplos aqui mostrados foram de suma importância para que possamos incentivar essas práticas no Estado”.
O evento reuniu representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Banco do Brasil e BNDES para esclarecer dúvidas e equalizar informações
junto aos produtores rurais e projetistas sobre o plano ABC, principal instrumento de fomento ao financiamento e investimentos
agropecuários.
Buscando esclarecer as dúvidas sobre as linhas de crédito disponíveis
para o Programa, Peroba disse que o banco quer mostrar que é acessível a todos e desmistificar aquela história
de que só empresta dinheiro aos grandes agropecuaristas. “Estamos aqui para mostrar como operamos, como fazemos
o desembolso do recurso. Operamos muito com o pequeno e médio produtor e viemos esclarecer as possíveis dúvidas
que poderiam haver”, disse.
Atualmente existem mais de 25 mil produtores no país utilizando tecnologias
de acordo com o Plano ABC e já foram investidos pelo Governo Federal mais R$ 11,2 bilhões por meio do Programa
ABC.
O coordenador geral do Plano ABC, Elvison Ramos, lembrou que o plano trata de sistemas sustentáveis
de produção, onde as culturas têm que estar testadas dentro desses sistemas para que eles possam receber
os financiamentos.
Plano ABC
É uma iniciativa do Governo Federal
que nasceu para reduzir as emissões de gases do efeito estufa. A iniciativa prevê capacitação e
incentivos financeiros aos produtores rurais que adotarem as técnicas de agricultura sustentável, de baixo carbono.
Cada estado deverá ter seu plano. Aqueles que ainda não o têm já estão em fase de
finalização. Mato Grosso já finalizou, mas ainda está muito aquém na tomada de linhas de
crédito dadas às devidas proporções de seu potencial produtivo. “Acreditamos que à
medida que avançarmos com o Plano ABC Estadual esse cenário mudará”, finalizou Possebon.
A implantação desses projetos nas propriedades rurais ajudará o país a cumprir os compromissos
assumidos na 15ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre
Mudanças Climáticas (COP 15), de reduções significativas das emissões de gases de efeito
estufa geradas pela agropecuária.
Com informações de Olhar Direto
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