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Publicado em 08/07/2015
A Embrapa Suínos e Aves realizou no dia 02 de julho o primeiro Worskhop sobre Tecnologias para destinação de Animais Mortos. O evento marcou o início do projeto abreviado como TEC-DAM, que tem como objetivo avaliar, desenvolver e aprimorar soluções tecnológicas e subsidiar a formulação de normativas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para a correta destinação de animais mortos ao longo da cadeia produtiva de aves, suínos e bovinos de leite.
Os pesquisadores, Everton Krabbe e Aírton Kunz, conduziram as atividades do Workshop TEC-DAM, que foi aberto por Janice Zanella, chefe geral da Embrapa Suínos e Aves.
Após a abertura, Raphael Leão, Gerente de Desenvolvimento Agrícola da Petrobrás Biocombustível, apresentou a iniciativa do Selo Combustível Social. Raphael informou que a Petrobrás possui 15 usinas de biocombustível em operação e que já desenvolveram piloto para utilização de óleo de víscera de peixe para produção de biodiesel, além disso, possui um centro de pesquisa especializada em análise de matérias-primas que poderá contribuir com o projeto.
A segunda apresentação foi de Eliana Bonadese, assessora técnica da Aurora e representante da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que transmitiu uma perspectiva aos participantes sobre a situação atual da destinação de carcaças. Segundo a palestrante, a escassez de mão-de-obra, as questões ambientais e trabalhistas pressionam o Brasil a identificar novas alternativas e tecnologias para a destinação de animais mortos.
A representante da ABPA destacou que a agroindústria brasileira precisa de alternativas de processamento, recolhimento e/ou regulatória que sejam seguras, sustentáveis (ambientalmente, economicamente e sanitariamente) para destinar o resíduo da produção animal.
“É imprescindível repensarmos nossos modelos de produção e nossas formas de tratar os derivativos desta produção”, destacou Eliana. Essas alternativas podem trazer mais competitividade para o setor, reduzindo custos e agregando valor aos resíduos e subprodutos.
Na sequencia, Everton Krabbe apresentou a proposta do projeto TEC-DAM, que terá duração total de 4 anos. Krabbe explicou que o projeto será constituído por sete planos de ações, estruturados de forma sequencial, para gerar informações para os seguintes temas: compostagem, rotas tecnológicas, remoção de carcaças, farinhas de animais mortos, análise de riscos e transferência de tecnologia e comunicação.
"Com este projeto, a Embrapa pretende subsidiar a normatização da destinação de animais mortos, avaliando as tecnologias e soluções que temos disponíveis especialmente do ponto de vista de riscos. O trabalho será em conjunto com o MAPA e demais instituições envolvidas, olhando para cadeia produtiva de maneira ampla", destacou o pesquisador Everton, responsável pelo projeto.
Após as apresentações, os participantes dividiram-se em três grupos de trabalho para discutir as seguintes ações: Rotas de tratamento de animais mortos, Recolhimento de animais mortos e análise de risco, e Produção de farinhas e possíveis destinos.
Os participantes enfatizaram a necessidade da definição de metas de curto, médio e longo prazo para o projeto, pois a indústria precisa de respostas rápidas para essa problemática.
O evento foi uma oportunidade para discutir os planos de ações (PAs) que compõem o projeto TEC-DAM e estabelecer uma rede de parcerias e contatos para discussão do tema "destinação de animais mortos" e difusão dos resultados do projeto. Próximos workshops estão previstos para acontecer no decorrer do projeto.
Articulação da Rota Estratégica de Biotecnologia Animal
Grupo de Trabalho Valor
Econômico dos Resíduos e Subprodutos da Indústria Animal
Integrantes do grupo de trabalho da Articulação da Rota Estratégica de Biotecnologia Animal estiveram presentes no I Workshop TEC-DAM promovido pela Embrapa Suínos e Aves. Do grupo de trabalho participaram: Adriane Bainy, dos Observatórios Sesi/Senai/IEL, Lucas Cypriano, gerente técnico da Associação Brasileira de Reciclagem Animal (ABRA), João Teotônio e Horácio Slongo, da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Claudio Bellaver, consultor da Qualyfoco, e Marco Santos, da área de meio ambiente da Brasil Foods (BRF).
Este grupo vêm discutindo a normatização da retirada de carcaças oriundas de mortalidades das granjas para uso na reciclagem animal desde 2013, em conjunto com a Adapar e MAPA, e propôs, em ofício, ao Ministério a formação de um grupo multi-institucional para discutir a temática e a realização de análises de risco para subsidiar a regulamentação do processo de coleta, destinação e processamento de mortalidades de aves e suínos. O ofício foi protocolado no MAPA e está atualmente tramitando no Departamento de Saúde Animal (DSA/SDA/MAPA).
Fonte: Observatórios Sesi/Senai/IEL com informações de Embrapa Suínos e Aves.
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