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Publicado em 12/06/2015
Os desafios do Brasil são imensos, diante da atual conjuntura econômica. O contingenciamento de contas do governo de R$ 69,9 bilhões afetou todas as áreas do governo federal, inclusive os ministérios. A pasta de Ciência, Tecnologia e Inovação terá acesso a apenas R$ 5,467 bilhões dos R$ 7,311 bilhões previstos na Lei Orçamentária Anual (LOA) deste ano.
O corte de 25% do orçamento vai afetar programas vinculados ao MCTI. Os que perderão verbas devem ser anunciados na próxima semana pelo ministro Aldo Rebelo, após ele voltar de uma viagem oficial aos Estados Unidos. Algumas das políticas públicas ficarão completamente esvaziadas por falta de recursos. Um exemplo é o Inova Talentos, que era financiado com recursos oriundos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), com apoio da Confederação Nacional da Indústria (CNI), por meio do Instituto Euvaldo Lodi (IEL).
A plataforma teve acesso a R$ 28 milhões em 2014 para financiar mil bolsistas para atuarem na área de inovação dentro de empresas. Segundo dados do MCTI, há uma demanda suprimida de candidatos de pouco mais de outros mil interessados. Entretanto, para este ano, não há verba disponível para executar novas chamadas do Inova Talentos.
Em reunião do Conselho Nacional dos Secretários Estaduais para Assuntos de Ciência, Tecnologia e Inovação (Confap) no dia 27 de maio, a coordenadora de Gestão Tecnológica do MCTI, Eliana Emediato, sugeriu parcerias com as fundações de amparo à pesquisa (FAPs) para financiar o Inova Talentos nos estados. A ideia é que o projeto siga os moldes do Tecnova, gerido pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), no qual as unidades da federação e a própria Finep dividem o fomento financeiro do programa.
“Esse é um programa que vai ter que ser reconstruído. Ele era de âmbito nacional, mas vamos ter que trabalhar na regionalização, baseado no modelo que já existe. Vamos estudar o Tecnova para podermos aplicar os seus princípios dentro do Inova Talentos”, afirmou a coordenadora do MCTI.
Segundo Eliana Emediato, a proposta ainda é embrionária. Será formado um grupo técnico para avaliar impactos e necessidades de cada região para, então, ser apresentado ao ministério uma fórmula de financiamento.
Para o presidente do Confap, Sergio Gargioni, a iniciativa é bastante promissora e pode servir como um pontapé inicial para o fortalecimento das FAPs. O dirigente avalia que o conhecimento das fundações de amparo sobre as realidades regionais é importante para garantir uma aplicação mais adequada dos recursos do programa Inova Talentos.
Com informações de Agência Gestão CT&I.
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