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Pecuária terá de investir em genética para multiplicar produção em 11 vezes

Publicado em 09/04/2015

Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos (PMGZ) da ABCZ conta com apoio da Emater no Paraná.
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            para ampliarCrescimento de 1,5 milhão para 17 milhões de toneladas de carne até 2042 depende de boa qualidade genotípica (Foto: Revista Plantar)

Um estudo elaborado pela Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ) aponta que, em menos de 30 anos, a produção brasileira de carne bovina deverá passar de 1,5 milhão de toneladas, dados compilados em 2012, para 17 milhões de toneladas, volume estimado em 2042. Em valor de exportação calculado no mesmo período, o Brasil deverá passar de US$ 5 bilhões de carne embarcada ao exterior em 2012 para US$ 28 bilhões previstos para 2042. 

Luiz Claudio Paranhos, presidente da ABCZ, avalia que, para chegar a esse resultado, será preciso investir na qualidade genética do rebanho nacional. O setor, observa ele, necessita melhorar sua produtividade. Além de obter uma melhor qualidade de carcaça, o melhoramento genético eleva o número de ocupações nos pastos. Em entrevista coletiva, Paranhos afirmou que, com investimento em genética, a produção pode subir de uma unidade para duas em um hectare. "Existem propriedades modelo que já conseguiram atingir a marca de 10 unidade/animal por hectare", explica o presidente da ABCZ. No Paraná, Paranhos observa que, apesar de a pecuária do Paraná ter perdido espaço para a agricultura, os produtores que continuaram na atividade têm investido em animais com alta qualidade genética. 

Para incentivar os pecuaristas a adotarem animais com boa qualidade genotípica, a entidade tem trabalhado na expansão do Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos (PMGZ). "Esse programa visa identificar, junto com os órgãos de extensão, propriedades que ainda não adotam uma boa genética, com o objetivo de incentivá-lo a adotar". No Paraná, o programa funciona com o apoio do Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater)

Paranhos diz que o investimento que o produtor faz é pago com o bom retorno que o melhoramento genético proporciona. Ele afirma ainda que um animal de boa genética pode chegar à fase de terminação em apenas dois anos e meio. "Antigamente se demorava quatro anos para terminar um animal de mesmo peso." 

Mercado

Devido à crise econômica brasileira, o mercado interno passa por dificuldades, destaca Paranhos. Contudo, o valor elevado da arroba e a abertura do mercado brasileiro de carne para os Estados Unidos e China têm garantido certa estabilidade para o setor. 

Segundo o Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), o valor da arroba de boi no Paraná é de R$ 138,32. De acordo com o Deral, o Paraná possui um plantel que gira em torno de 6,4 milhões de cabeças de gado de corte. 

Paraná terá a primeira empresa a fazer avaliação genética

PROgene é a primeira empresa paranaense a realizar avaliação genética de animais de interesse zootécnico. A empresa foi criada, após a participação dos sócios da empresa nas reuniões do grupo de trabalho que trata da temática Paraná referência em genética e melhoramento animal da Rota Estratégica para o Futuro da Indústria Paranaense –Roadmapping da Biotecnologia Aplicada à Indústria Animal. Participam da reunião instituições públicas e privadas de pesquisa, cooperativas, empresários do setor e instituições governamentais. Durante as discussões do grupo de trabalho, percebeu-se que o Paraná era carente nesse tipo de serviço.  Para aumentar a produção, além de investir em programas de melhoramento genético, é necessário realizar adequadamente a análise dos dados de genealogia e produção. Para que o Paraná alcançasse resultados concretos em longo prazo em melhoramento genético animal, era necessário um serviço especializado nessa área com a finalidade de fornecer informações técnicas para atender o setor produtivo.

A indústria animal paranaense, segundo o trabalho das Rotas Estratégicas, publicado em 2005, vislumbra a genética e melhoramento animal como setores de desenvolvimento que podem ser potencializados pela biotecnologia, contribuindo para melhoria dos índices de produtividade das criações, de lucratividade para o produtor rural e de qualidade do produto final para o consumidor.  Saiba mais sobre a Progene aqui.


Com informações de Folha Web e Observatórios Sesi/Senai/IEL.

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