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Paraná busca status de área livre de peste suína

Publicado em 25/03/2015

clique para ampliarclique para ampliarReunião sobre o reconhecimento internacional da zona livre da peste suína clássica no Paraná. Na foto o diretor presidente da Adapar, Inácio Kroetz. Curitiba, 19/03/2015. (Foto: Pedro Ribas/ANPr)

Com o objetivo de conquistar novos mercados para exportação de carne suína, o Governo do Paraná está tomando uma série de medidas para que o Estado obtenha a certificação internacional de área livre de peste suína clássica. O Paraná já é livre da doença sem necessidade de vacinação desde 1994, quando recebeu o status nacional de área livre. 

A medida faz parte de uma estratégia nacional que é garantir o reconhecimento para outros 15 estados brasileiros. 

Para isso, representantes da área de defesa sanitária dos estados e do Ministério da Agricultura se reuniram no dia 19 de março, em Curitiba, para avaliar as ações realizadas em atendimento às exigências internacionais. 

O Paraná terá até setembro para apresentar toda documentação exigida pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), entidade com sede em Paris (França), que controla a sanidade animal mundial. O parecer da entidade será publicado em maio de 2016. 

Esse documento deverá conter, entre outros, garantias de controle, cadastro das propriedades, controle de trânsito, programas de capacitação dos servidores, estrutura do serviço veterinário estadual e conformidade com legislações e normas nacionais de vigilância para suídeos. Os estados de Santa Catarina e o Rio Grande do Sul conseguiram esse ano o reconhecimento de áreas livres e tiveram a permissão para comercializar internacionalmente de carne suína

“Esse reconhecimento é muito importante para conquistarmos mercados mais exigentes na compra de carne suína e que remuneram bem produtores e indústrias. O governo do Paraná está empenhado em dar essa condição para que a exportação de carne suína possa fluir de maneira competente e permanente”, disse o secretário estadual da Agricultura, Norberto Ortigara. 

MEDIDAS - Para conquistar o reconhecimento internacional, o governo do Paraná investirá R$ 5 milhões na construção e reforma de 23 postos de fiscalização instalados nas divisas com os estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul. As obras deverão começar no mês de abril. A intenção é controlar a entrada de veículos com produtos de origem animal ou vegetal que não estejam dentro dos padrões e registros definidos pelo Paraná. 

Outra medida anunciada pelo secretário será a contratação até maio deste ano de 169 técnicos para trabalhar na Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), autarquia criada pelo governador Beto Richa para atuar na fiscalização da produção vegetal e animal do Estado. Inácio Kroetz, presidente da Adapar, garante que o governo estadual está otimista com a certificação do Paraná como área livre da peste suína. 

De acordo com ele, essas medidas de controle das fronteiras e contratação de servidores para ajudar na fiscalização são fundamentais para provar que o Estado tem condições de fornecer carne suína internacionalmente. “O Paraná está fechando as fronteiras para a peste suína e deverá no próximo ano ser reconhecido como uma área livre. Isso será importante para agregar valor aos produtos e melhorar a renda dos paranaenses”, afirmou. 

COMÉRCIO – O Paraná é o terceiro maior produtor nacional de suíno, com mais de 60 mil propriedades produtoras. Atualmente, o rebanho paranaense é de 5,3 milhões de cabeças, representando 14,5 % do total nacional. O Paraná produziu 606 milhões de toneladas de carne suína e tem 77 abatedouros licenciados. A suinocultura representa 5,1% do Valor Bruto da Produção paranaense, correspondendo a R$ 3,52 bilhões. 

O secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Décio Coutinho, disse que a certificação agregará valor ao produto e ajudará no desempenho econômico nacional. “A obtenção desse status é fundamental para a economia brasileira. A produção suína tem um importante papel na geração de empregos e de riquezas do País”, afirmou. 

“A nossa prioridade é a manutenção e ampliação de mercados internacionais para nossos produtos. Para isso, estamos realizando reuniões e organizando toda a documentação para que em breve vários estados consigam obter a certificação internacional”, disse Décio Coutinho. 


Com informações de Agência Estadual de Notícias.

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