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Publicado em 02/02/2015
Resultados de uma ação desenvolvida em Florianópolis (SC), com base em tecnologia de uma startup mineira
que teve como investidor um fundo nascido na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a Myleus Biotecnologia,
foram recentemente apresentados em evento em Belo Horizonte, e indicaram que testes de DNA podem mostrar se um alimento
foi fraudado. O trabalho feito no ano passado permitiu a identificação de peixes comercializados clandestinamente.
Os resultados foram documentados em artigo publicado na revista científica inglesa Food Control.
Os testes
são utilizados para verificar se a espécie presente em um determinado produto de origem animal ou vegetal é
a mesma que aquela declarada no rótulo ou no informativo do produto. “Em Florianópolis, foram analisadas
30 amostras de pescados coletadas em supermercados, mercados, peixarias e restaurantes. Dessas, 24% não pertenciam
à espécie declarada no momento da venda. O DNA do material biológico contido em uma amostra é
analisado e tem-se o resultado sobre a espécie presente. São realizados, então, testes de DNA que nos
permitem saber quais espécies estáo presentes em determinado produto de origem animal ou vegetal”, acrescenta
Marcela.
Ela ressalta que os testes são úteis para a detecção da fraude por substituição
de espécies. “Na grande maioria dos casos, essa é uma fraude econômica, já que o produto
é substituído por outro de menor valor agregado. A fraude pode levar a problemas para a saúde humana,
já que o consumidor consome um determinado alimento ou droga vegetal sem saber o que está consumindo, podendo
levar a problemas alérgicos, por exemplo. Ainda, algumas vezes, encontramos espécies ameaçadas de extinção
sendo vendidas no lugar daquela declarada no momento da venda. Dessa maneira, os testes podem ser utilizados por indústrias,
supermercados, restaurantes, para se protegerem de uma possível fraude de seus fornecedores. Esses mesmos players podem
usar os testes para garantir ao seu consumidor final que os seus produtos não são fraudados e têm uma
garantia da espécie ali presente. Além disso, o teste pode ser usado por órgãos de inspeção
e por órgãos de proteção ao consumidor para fiscalizar os produtos que estão sendo comercializados
no país”, acrescenta a presidente da Myleus Biotecnologia.
A Myleus Biotecnologia é
a primeira empresa a receber investimentos da Fundep Participações (Fundepar), criada no âmbito da Universidade
Federal de Minas Gerais (UFMG) com o objetivo de fomentar startups (empresas jovens e extremamente inovadoras em qualquer
área ou ramo de atividade, que procuram desenvolver um modelo de negócio escalável e repetível).
O evento contou com a presença de representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Procon Assembleia, da Vigilância Sanitária, da Procuradoria de Defesa do Consumidor, do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) e do Ministério da Pesca e Aquacultura, além de outras instituições.
Outros produtos podem ser investigados
Além dos pescados, os testes podem ser feitos em derivados lácteos, como queijos e leite de búfala, cabra e ovelha, em produtos cárneos processados e in natura, como hambúrguer e linguiças, e em produtos de origem vegetal, como drogas vegetais, chás e madeira. “Os testes são comercializados para empresas ao longo de toda a cadeia produtiva. Devido à sua alta sensibilidade, eles podem ser aplicados até mesmo em amostras já processadas, como um peixe já cozido.
Com informações de Estado de Minas.
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