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Publicado em 25/11/2014
Atualmente,o BNDES é um dos maiores bancos de desenvolvimento do mundo. No primeiro semestre de 2014,o BNDES lucrou R$ 5,47 bilhões,ou seja,o maior lucro da sua história.No entanto,o papel do BNDES na promoção do desenvolvimento nacional é cada vez mais criticado por diversos setores da sociedade brasileira.
Por um lado,uma parcela significativa dos movimentos sociais alega que a instituição financeira causa exclusão social e degradação ambiental,principalmente nas atividades de fomento a grandes obras de infraestrutura,dentre outras,as hidrelétricas e rodovias.Por outro lado, vários atores econômicos reclamam que o banco segue a lógica “pickthewinner”por meio da qual o banco escolhe os vencedores,vale dizer,as empresas brasileiras que irão competir internacionalmente,em detrimento das pequenas e médias empresas,que permanecerão à mercê dos altos juros cobrados pelos bancos comerciais.
O BNDES refuta as mencionadas críticas. O banco alega que o financiamento de obras está sempre condicionado à obtenção das licenças ambientais.Além disso, a instituição financeira sustenta que aproximadamente 97 por cento das suas operações são com empresas pequenas e médias. Infelizmente,o BNDES não divulga todas as suas relações bancárias.Em virtude disso,é impossível elaborar qualquer conclusão a respeito da eficiência do banco na promoção do desenvolvimento nacional.Ora,não se espera que o banco apenas exija as devidas licenças ambientais dos seus clientes.
A sociedade brasileira gostaria que o BNDES estivesse efetivamente engajado nas dinâmicas do setor privado para a promoção do desenvolvimento sustentável. Neste sentido, percebe-se que o BNDES ainda não enxergou devidamente a importância estratégica do setor de reciclagem de produtos de origem animal para a promoção de um novo modelo de desenvolvimento que possa integrar as dimensões econômicas, sociais e ambientais. É evidente que o setor de reciclagem animal deveria ser incluído no rol das áreas prioritárias do BNDES,pois as atividades das indústrias de graxaria estão perfeitamente afinadas com as linhas de atuação que o banco aponta como prioritárias.
Com efeito,as indústrias de farinha de carne e osso,ao executarem as suas ações de reaproveitamento e reciclagem dos resíduos não comestíveis dos frigoríficos, geram diversos efeitos positivos à sociedade brasileira, dentre outros, a proteção da saúde pública e da qualidade ambiental.
Conclui-se que o setor deveria ter pleno acesso aos incentivos creditícios do BNDES, pois assim as indústrias de graxaria poderiam adorar novas tecnologias,ditas eco eficientes. Se a agenda do BNDES do século 21 é a agenda da competitividade e da sustentabilidade, o setor de reciclagem de produtos de origem animal deveria ser visto como um dos setores prioritários dentro de uma linha moderna a de atuação do banco.
Fonte: Revista Brasileira -edição Setembro/Outubro – página 48, via ABRA
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