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Publicado em 05/11/2014
A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgaram um estudo para perspectivas agrícolas para os próximos 10 anos.
O material prevê que a produção mundial de aves ultrapasse a de
suínos, o que a tornará a proteína animal mais produzida e consumida no mundo até 2023.
Baseado nesses dados, o Jornal da Pecuária quis descobrir quais os rumos da produção, e para isso lançou
o quadro Proteína do Futuro, cujo primeiro entrevistado foi o presidente da Federação de Agricultura
e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), Eduardo Riedel.
– A proteína do futuro
é a proteína animal produzida com eficiência: eficiência econômica e eficiência ambiental,
que não é só reserva e a biodiversidade, é volume de insumos que se gasta para produzir um quilo
daquele determinado produto – acredita Riedel.
O presidente da entidade afirma que a pecuária
brasileira está no caminho certo. A nível estadual, ele reforça a necessidade de utilizar as pastagens
com eficácia.
– É um desafio enorme, também para o Brasil: aumentar a produtividade
por unidade de área, o que vai diminuir a idade de abate, aumentar a lotação, aumentar a produtividade,
liberar a pressão sobre os biomas existentes e gerar melhor resultado econômico para o produtor – sugere
Riedel.
Segundo ele, o Brasil deve seguir com estratégias e tecnologias que já estão
dominadas, sejam de nutrição, suplementação e confinamento.
– Nutrição,
genética e reprodução são o tripé dessa produção, e o uso eficiente dessas
tecnologias é que vai gerar a proteína do futuro. O produtor será cobrado por isso, pelo consumidor,
pelo mercado. Aí entra também o papel da assistência técnica e das instituições,
que devem mostrar para os produtores como seguir esse caminho.
Riedel defende esses pontos sem esquecer de uma
parte fundamental da cadeia, o consumidor final:
– Que se preconize qualidade sanitária, qualidade
do produto em si em relação à maciez, à apresentação no mercado. O Brasil está
preparado para atender essa demanda – conclui.
Fonte: Rural BR, via IEPEC.
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