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Publicado em 04/11/2014
O Grupo de Atuação Especial
no Combate ao Crime Organizado (GAECO) concluiu na quarta-feira (03/11) as investigações sobre a Operação
Leite Adulterado III, na qual são investigadas onze empresas — uma com sede na cidade de Iraí,
no Rio Grande do Sul, e as demais em Santa Catarina. Segundo o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC),
a investigação apurou que o leite cru in natura era vendido para seis empresas que o comercializava:
- Danone (Amparo-SP)
- Szura (Candoi-PR)
- Shefa (Amparo-SP)
- Bel (Herculândia-SP)
- G.O.P. Alimentos do Brasil/Arbralat (Toledo-PR)
- Terra
Viva/CooperOeste (São Miguel do Oeste-SC)
As empresas
investigadas também produziam queijos das marcas Cordilat, Boa Vista, São Domingos, Anita e Monte Claro. O MPSC
reforça que, inicialmente, nenhuma das seis empresas é investigada como integrante do esquema, já que
recebiam um produto alterado de forma tão precisa que a fraude não era detectada pelos testes protocolares exigidos
pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) quando o leite chega na indústria.
Com essas informações em mãos, o Mapa deverá
fazer a rastreabilidade dos produtos para saber quais lotes foram usados para produzir quais produtos e para quais mercados.
Essa medida possibilitará o recall dos produtos afetados.
A equipe de Promotores de Justiça que atua no caso em conjunto com o Promotor de Justiça da Comarca de
Quilombo tem agora cinco dias para analisar a prova obtida na investigação e apresentar a denúncia-crime
ao Juiz de Direito da Comarca de Quilombo, dando início à fase judicial.
Esclarecimento
O Diário Catarinense tentou entrar em contato com todas as empresas citadas pelo Ministério Público.
Algumas encaminharam seus posicionamentos, mas nem todas responderam.
Danone: A Danone Brasil não recebeu qualquer notificação do Ministério Publico referente
à operação leite adulterado III e destaca que já adota de forma sistemática medidas preventivas
para possíveis fraudes do leite, para garantir a qualidade e a segurança alimentar de seus produtos. A Danone
não está comprando leite das empresas agora citadas e reitera seu compromisso em oferecer aos consumidores produtos
de qualidade, por meio da manutenção de rigorosos parâmetros de segurança alimentar e qualidade
em toda sua cadeia produtiva; colocando-se à disposição para contribuir com as autoridades competentes
nas investigações para coibir tais práticas.
Cooperoeste/Terra
Viva: A Cooperoeste/Laticínios Terra Viva divultou nota no site da cooperativa onde esclarece que todo o leite adquirido
passa por rigorosos exames laboratoriais e, o produto que não está em conformidade, é descartado, com
o objetivo de garantir a qualidade para o consumidor. O Laticínio não foi notificado e lembrou que não
é alvo de investigação do Ministério Público. A Cooperoeste finalizou informando que apóia
as iniciativas para contra fraudes para garantir a qualidade do leite.
G.O.P. Alimentos do Brasil Ltda/Arbralat: A empresa encaminhou uma nota onde informa que não foi notificada e
que não é alvo de denúncia e nem de investigação, conforme nota do próprio Ministério
Público.
A empresa garante em nota que todos os produtos passam por rigoroso
controle de qualidade e fiscalização do Ministério da Agricultura, que não apontaram nenhuma adulteração.
Também informou que a quantidade de produto adquirida de
empresa suspeita é pequena e que não há prova de que recebeu leite adulterado. Além disso houve
a suspensão de compra de leite de empresa suspeita.
A empresa
garantiu aos consumidores que seus produtos estão aptos para o consumo.
Bel: Não havia ninguém para atender a imprensa, somente amanhã em horário comercial.
Shefa: A reportagem tentou contato com o telefone da assessora
responsável, mas ninguém atendeu.
Szura:
A empresa ficou de dar um posicionamento mas não retornou até o fechamento desta matéria. Tentamos ligar
novamente mas ninguém atendeu.
As informações
são do Diário Catarinense.
Fonte: Diário Catarinense, via Milk Point.
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