Blog

Observatórios

Acompanhe nas redes sociais:
  • Twitter
  • Facebook
  • Youtube

Acordo mundial prevê desmatamento zero até 2030

Publicado em 30/09/2014

Brasil não assina acordo fechado durante Cúpula do Clima, em Nova York.
clique para ampliar>clique para ampliarConferência do Clima da ONU fechou acordo para por fim ao desmatamento até 2030. (Foto: Divulgação/ONU)

País que possui a maior floresta tropical do mundo, o Brasil se recusou a assinar a declaração aprovada ontem na Cúpula do Clima em Nova York que prevê o fim do desmatamento mundial até 2030, sob o argumento de que o texto contraria a legislação nacional e não foi negociado. A proposta teve adesão de 32 dos 193 países que integram a Organização das Nações Unidas (ONU), incluindo Estados Unidos, França, Alemanha e Indonésia.

Chamada de Declaração de Nova York sobre Florestas, o documento foi um dos principais resultados da Cúpula do Clima, na qual líderes de todo o mundo reafirmaram sua disposição de buscar um amplo acordo para combate do aquecimento global no próximo ano, em Paris.

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, afirmou que o objetivo da declaração é reduzir emissões em quantidade equivalente ao que os Estados Unidos lançam na atmosfera a cada ano. Segundo ele, as florestas são uma "parte crítica" da solução do problema climático.

Além de países, o documento foi assinado por 39 empresas, incluindo Cargill, Kellogg’s, Procter & Gamble, Unilever e L'Oreal. Três Estados brasileiros também apoiaram a iniciativa: Amazonas, Acre e Amapá. A declaração estará aberta a adesões até a conferência de Paris, em dezembro de 2015.

Como parte da ofensiva para conter o desmatamento, os governos europeus se comprometeram a transferir pelo menos US$ 1 bilhão a países pobres que preservem ou restaurem suas florestas. "Nós compartilhamos a visão de desacelerar, deter e reverter a perda de florestas globais e, simultaneamente, reforçar a segurança alimentar para todos", diz a declaração. O texto prevê o fim do desmatamento para plantio de commodities agrícolas até 2020. Esse é uma das principais razões da perda de florestas no Brasil, especialmente pelo avanço da área destinada à soja.

O documento foi criticado pelo Greenpeace por ter caráter voluntário e não representar compromissos obrigatórios para os países. Susanne Breitkopf, conselheira política da entidade, disse que mais importante que assinar a declaração é adotar medidas concretas que contenham a perda de florestas. No caso do Brasil, ela defendeu a extensão da moratória do desmatamento para o plantio de soja, que deixará de vigorar no fim deste ano. "O Brasil tem sido muito bem-sucedido na luta contra o desmatamento, mas está em um momento crucial, com a proximidade do fim da moratória e pressão política contra medidas de proteção ambiental", afirmou Breitkopf ao Estado.

Alexander von Bismarck, do grupo ambientalista Environmental Investigation Agency, também criticou o caráter não vinculante da declaração e observou que não há mecanismos para o acompanhamento de seu cumprimento. Em sua opinião, é impossível chegar a uma solução que acabe com o desmatamento sem que haja proibição efetiva de comercialização de madeira extraída ilegalmente. "O Brasil deu passos importantes no combate ao desmatamento, mas é difícil solucionar o problema enquanto houver pessoas em Nova York dispostas a pagar caro por madeira retirada de maneira clandestina do País", exemplificou Bismarck.

Objetivos

O principal objetivo da Cúpula do Clima era mobilizar disposição política mundial para a adoção de metas ambiciosas de redução de emissões na conferência de Paris. Apesar da manifestação de boa vontade, os países mantiveram suas posições tradicionais: as nações em desenvolvimento sustentaram que os países ricos devem arcar com a maior parcela de responsabilidade para conter a mudança climática, enquanto os ricos disseram que os emergentes têm de assumir compromissos mais ambiciosos.

Fonte: Globo Rural

Deixe seu coment�rio

Site Seu blog ou p�gina pessoal


1. Os sites do Sistema Fiep incentivam a pr�tica do debate respons�vel. S�o abertos a todo tipo de opini�o. Mas n�o aceitam ofensas. Ser�o deletados coment�rios contendo insulto, difama��o ou manifesta��es de �dio e preconceito;
2. S�o um espa�o para troca de id�ias, e todo leitor deve se sentir � vontade para expressar a sua. N�o ser�o tolerados ataques pessoais, amea�as, exposi��o da privacidade alheia, persegui��es (cyber-bullying) e qualquer outro tipo de constrangimento;
3. Incentivamos o leitor a tomar responsabilidade pelo teor de seus coment�rios e pelo impacto por ele causado; informa��es equivocadas devem ser corrigidas, e mal entendidos, desfeitos;
4. Defendemos discuss�es transparentes, mas os sites do Sistema Fiep n�o se disp�em a servir de plataforma de propaganda ou proselitismo, de qualquer natureza. e
5. Dos leitores, n�o se cobra que concordem, mas que respeitem e admitam diverg�ncias, que acreditamos pr�prias de qualquer debate de id�ias.

 Aceito receber comunica��o da Fiep e seus parceiros por e-mail
 
Av. Comendador Franco, 1341 - Jardim Botânico - 80215-090
Fone: 41 3271 7900
Fax: 41 3271 7647
observatorios@fiepr.org.br
  • Twitter
  • Facebook
  • Youtube