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Publicado em 29/09/2014
Na avaliação do coordenador do Conselho Nacional de Controle da Experimentação Animal (Concea), José Mauro Granjeiro, o Brasil tem capacidade de explorar esse nicho. “Sou convicto de que nós temos que ter uma forte atuação na área de ensino”, disse Granjeiro em conferência na 66ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em Rio Branco (AC), nesta quinta-feira (24). “Embora o percentual de animais utilizados para ensino seja ainda modesto, da ordem de 2% do total no caso da Europa, – no Brasil nós não temos essa informação – há diversas técnicas que podem ser adotadas para a transferência do conhecimento ou o treinamento dos estudantes.”
De acordo com o coordenador do Concea, cada curso ou disciplina precisaria avaliar a pertinência do uso do método alternativo. “Mas é muito válida uma discussão que aproveite para já comprometer o jovem em um raciocínio de uso bastante crítico dos modelos animais, particularmente para o ensino.”
Por enquanto, não existe um processo de validação de métodos alternativos ao uso de animais em atividades de ensino. “É uma área nova para ser explorada”, apontou Granjeiro. “Temos uma competência fantástica em educação para estabelecer estratégias e ferramentas para avaliar métodos de ensino. Avaliar métodos de ensino alternativos é um grande desafio que o nosso país tem pela frente. Acho que temos competência para desenvolver isso.”
Órgão vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o Concea aprovou em 22 de maio a Resolução Normativa Nº 17, que dispõe sobre o reconhecimento de métodos alternativos validados que tenham por finalidade reduzir, substituir ou refinar o uso de animais em pesquisa.
Fonte: MCTI
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