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Publicado em 04/09/2014
Conta Paraná Inovação
Na metade do mês de agosto foi assinado o decreto de criação da Conta Paraná Inovação, que garante recursos financeiros no orçamento da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, por meio do Fundo Paraná, para projetos de inovação no Estado. O decreto é mais uma etapa do processo de regulamentação de aspectos previstos na Lei Estadual de Inovação, que estabelece medidas de incentivo à inovação e à pesquisa científica e tecnológica em ambiente produtivo do Paraná.
O secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, João Carlos Gomes, afirmou que, a partir deste decreto, o Paraná determina que haja um fundo para investimento específico em inovação. “A Conta Paraná Inovação possibilitará o investimento de cerca de R$ 11 milhões, em 2015, em projetos de empresas inovadoras ou outros empreendimentos privados que tenham por finalidade criar um ambiente favorável à inovação”, afirmou Gomes.
O presidente do Sistema Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Edson Campagnolo, que participou da solenidade de assinatura do decreto, ressaltou a importância do investimento em inovação pelo setor produtivo. “Só vamos conseguir competitividade na indústria com ações que estimulem o desenvolvimento de pesquisas em parceria com o setor produtivo. São medidas de incentivo à inovação e à pesquisa em ciência e tecnologia no ambiente produtivo que estimulam a autonomia tecnológica e o desenvolvimento industrial do Estado e do país”, afirmou.
Campagnolo destacou ainda que a criação desse novo instrumento é importante em um momento em que o Sistema Fiep, através do Senai, vem realizando uma série de investimentos para impulsionar a inovação no Paraná. A instituição já inaugurou no ano passado o Instituto Senai de Inovação, em Curitiba, voltado para pesquisa e desenvolvimento na área de Eletroquímica. Nos próximos anos, também serão criados sete Institutos Senai de Tecnologia no Estado, que também prestarão apoio para o desenvolvimento de indústrias de setores específicos. Todos essas estruturas fazem parte de uma rede de institutos que o Senai está implantando em todo o país para auxiliar no aumento da competitividade da indústria brasileira.
Para o coordenador do Conselho Temático de Política Industrial, Inovação e Design da Fiep, Rodrigo Martins, a criação da conta vai ajudar a dinamizar ainda mais a inovação no Paraná. “Esse instrumento garante que haverá recursos para a inovação não apenas provenientes do Estado, através da dotação prevista em orçamento, como também de outras fontes, como governo federal, instituições privadas ou até organismos internacionais, que também poderão fazer aportes nessa conta”, destacou. “A Lei Estadual de Inovação é um mecanismo fundamental para promover a inovação no Paraná, e a regulamentação de mais este ponto certamente vai dinamizar toda a rede acadêmica e de pesquisa e desenvolvimento existente no Estado”, completou.
Martins lembrou ainda que o Sistema Fiep e o Conselho de Política Industrial, Inovação e Design vêm tendo participação ativa em todo o processo de criação da Lei Estadual de Inovação e de regulamentação de seus diferentes itens.
Tecnova
Durante a solenidade, o secretário João Carlos Gomes destacou ainda outras ações de apoio à inovação que acontecem no Paraná, como o programa Tecnova, que oferece apoio à inovação em micro e pequenas empresas paranaenses. Um programa do governo federal que, por meio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), e em conjunto com os governos estaduais, estimula o desenvolvimento de novas ideias e produtos. “Com o Tecnova criamos condições financeiras favoráveis e apoiamos a inovação tecnológica nas empresas de micro e pequeno porte. Estamos trabalhando para que a inovação seja uma área prioritária e de relevante serviço público”, ressaltou o secretário.
Além da subvenção econômica, a Lei Estadual de Inovação regulamenta as parcerias entre universidades e centros de pesquisa públicos e a iniciativa privada no âmbito do Estado. Estão previstos dispositivos legais para a incubação de empresas no espaço público e a possibilidade de compartilhamento de infraestrutura, equipamentos e recursos humanos, públicos e privados. Com uma lei complementar ficou definida a possibilidade de participação do pesquisador público nos processos de inovação tecnológica desenvolvidos no setor produtivo. “Só no Paraná temos cerca de 6.500 doutores atuando nas universidades e institutos de pesquisas, um grande potencial de pesquisadores que pode participar deste processo de inovação do nosso estado”, disse Gomes.
Atividades Observatórios SESI/SENAI/IEL
A inovação é um assunto bastante discutido atualmente para todos os setores industrias. Desta forma, busca-se também aproximar empresas e instituições de pesquisa, com a intenção de aumentar a competitividade e o avanço da inovação tecnológica da indústria. Para setor de biotecnologia esta é uma estratégia de grande importância e que pode alavancar o desenvolvimento do setor no país.
Por meio dos Observatórios SESI/SENAI/IEL, e dos grupos de articulação setorial do projeto Articulação das Rotas Estratégicas para a Indústria Paranaense, foram realizadas nove edições de Rodadas Tecnológicas. No período de 2010 ao primeiro semestre de 2014,foram realizadas nove Rodadas de Negócios Tecnológicas entre Universidade e Empresas, dos quais três edições foram voltadas ao setor agroalimentar, duas para o setor de bioenergia, uma para o setor de biotecnologia agrícola e florestal, uma para o setor de nutrição animal, uma para o setor metal-mecânico e uma para o setor de biotecnologia agroindustrial. As rodadas de interações resultaram em diversas parcerias e cooperações entre universidades e empresas paranaenses e de diferentes estados do Brasil.
Com foco no desenvolvimento científico e na inovação, estão abertos dois editais que visam inserir pesquisadores na indústria. Iniciativas e recursos para a reforçam as visões de futuro do roadmapping da Rota Estratégica em Biotecnologia Animal, que vislumbra a concretização da indústria paranaense no setor de biotecnologia. Os fatores críticos Políticas Públicas e P&D&I, presentes nas quatro visões, descrevem ações estruturantes acerca de proposições que possam configurar como elementos para o fortalecimento deste setor no estado.
Fonte: Com informações de Agência Fiep e Observatórios SESI/SENAI/IEL.
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