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Publicado em 03/09/2014
Cinquenta e oito cientistas liderados pelos pesquisadores Stephen Gire e Pardis Sabeti, da Universidade de Harvard, publicaram na revista Science o sequenciamento genético de 99 amostras do vírus ebola. Para realizar o feito, a equipe internacional analisou 78 pacientes (alguns foram examinados mais de uma vez) da epidemia. Foram encontradas 395 mutações que tornam essa variedade de ebola diferente da encontrada nos anos 1990 e 2000.
Até o final do mês de agosto, a doença viral já havia contaminado mais de 3 mil pessoas na Libéria, Serra Leoa e Guiné (os três casos da Nigéria foram de pessoas que contraíram a doença em Serra Leoa), das quais 1552 haviam morrido. Dentre os pesquisadores que participaram do estudo, cinco acabaram contaminados e morreram. Os genomas utilizados pelos cientistas para o sequenciamento haviam sido neutralizados, mas ainda assim foram usados aparatos de segurança.
A análise genética indica que a atual epidemia de ebola foi iniciada com uma única pessoa infectada e, como o vírus sofre mutações de um paciente para o outro, é possível entender como a doença se alastrou. Em Serra Leoa, a epidemia chegou por meio de uma mulher que contraiu a o vírus em um funeral de um sacerdote na Guiné. Nesse país, o Instituto Pasteur identificou o paciente-zero como um menino que foi contaminado de maneira desconhecida.
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