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Publicado em 22/08/2014
Os principais candidatos ao governo estadual – Beto Richa (PSBD), Roberto Requião (PMDB) e Gleisi Hoffmann (PT) – foram perguntados sobre outras questões de interesse do agronegócio levantadas por representantes do setor. Há preocupações com incentivos à produção e industrialização, adequação ao Código Florestal, defesa sanitária e capacitação e mão de obra rural.
Produção e indústria - Os candidatos dizem que vão priorizar a agregação de valor à produção. Richa afirma que vai dar seguimento ao programa de incentivos Paraná Competitivo, que estimula a agroindústria, e ampliar o Fábrica do Agricultor, de apoio às pequenas cooperativas.
Requião ressalta que reforçará projetos que incentivem a produção no campo, priorizando a agricultura orgânica e familiar, através de crédito para micro e pequenos produtores. A produção de alimentos orgânicos eleva a renda das famílias de agricultores.
Gleisi destaca que vai ampliar o uso de tecnologias de precisão nas lavouras, por meio de parcerias com institutos de pesquisas e universidades. Essas tecnologias prometem custos menores e produtividade mais lucrativa. Ela defende o fortalecimento de Câmaras Setoriais, estimulando parcerias e redes de comércio.
Defesa sanitária
Os três reforçam a importância da defesa sanitária para o setor, mas Richa tem propostas mais concretas que seus concorrentes. O tucano afirma que pretende ampliar o quadro de funcionários da Agência de Defesa Agropecuária (Adapar) e garantir condições para que o estado seja reconhecido internacionalmente como livre de febre aftosa sem vacinação e peste suína clássica.
Requião e Gleisi citam propostas mais genéricas. O peemedebista destaca a atuação do Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) e promete reequipá-lo. A petista afirma que “planeja aumentar o acesso aos mercados globais”, apoiando novos processos para superar as barreiras sanitárias.
Capacitação e mão de obra
Para capacitar a mão de obra no campo, Richa ressalta sua atuação como governador. “Após mais de 22 anos sem novos profissionais no quadro funcional, [realizei] concurso público para contratação de 400 novos profissionais para a Emater”. O candidato à reeleição diz que vai também ampliar parcerias com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e o Sescoop para universalização da assistência técnica.
Requião também defende sua gestão. “Logo que assumi, reativei escolas agrícolas. Hoje são quase 20 em todo o Paraná, ensinando uma profissão para que os jovens possam continuar no campo, sem ter que vir para a cidade”. Segundo o peemedebista, dois programas foram implantados. Um, o Projovem Campo, focava em jovens entre 18 e 29 anos interessados em terminar o ensino fundamental. O outro, Educação no Campo, “tinha 100 mil estudantes matriculados em 2010”.
Gleisi quer articular os principais institutos de assistência técnica para fortalecer a oferta de serviços, em especial, aos agricultores familiares. A candidata também quer aplicar ações de inclusão social no meio rural, facilitando o acesso a programas federais que garantem, por exemplo, crédito rural, como o Pronaf. A produção de alimentos orgânicos terá prioridade, com a implantação dos Certificados de Propriedades Rurais Sustentáveis. Outros dois programas previstos são o Pronatec do Campo e a Internet na zona rural.
Novo Código Florestal
Para ajudar a agricultura a se adequar à nova legislação de proteção ambiental, Richa diz que já tramita na Assembleia Legislativa do Estado (Alep) uma lei de iniciativa do governo para implementar no Paraná o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e o Plano de Recuperação Ambiental (PAR). O atual governador afirma que ampliará o trabalho de adequação de 350 microbacias.
Requião aproveita o assunto para criticar a gestão do oponente. Afirma ser defensor das reservas florestais e que criou mecanismos para garantir a preservação de matas nativas durante o seu governo. “Sou intransigente nesse sentido, ao contrário do atual governador, que tentou leiloar áreas remanescentes de araucárias”, alfineta. Ele indica que lutará para que o estado seja uma área livre de transgênicos. “Sou contra a produção até que se prove a segurança do consumo desse tipo de alimento”.
Gleisi afirma que a questão é “fundamental para esta e para as futuras gerações”. “Os produtores rurais, igualmente, são fundamentais para o Paraná, e precisam de todo o apoio do governo estadual para superarem eventuais dificuldades para se adequarem ao Novo Código Florestal”, explica. A candidata diz que dará suporte aos agricultores, mas também realizará ações de fiscalização.
Fonte: Com informações da Gazeta do Povo
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