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Publicado em 22/08/2014
Um mapa genético da raça caprina Marota, que está ameaçada de extinção, será traçado ainda este ano pela Embrapa Meio-Norte. A ideia desse mapeamento é conhecer o fluxo gênico – passagem de um determinado gene de uma geração a outra – para que os pesquisadores possam conduzir melhor e com mais segurança os trabalhos de melhoramento genético e conservação da raça.
A coleta de material biológico no plantel de conservação de caprinos Marota, formado por 105 animais e mantido pela Embrapa no município de Castelo do Piauí, a 184 quilômetros ao norte de Teresina, começou este mês. Esse rebanho forma o único banco de germoplasma oficial da raça no Brasil. O trabalho está sendo conduzido pelos pesquisadores Adriana Mello e Tânia Leal, o assistente Ozires Barbosa e pela estudante de doutorado Jeane de Oliveira Moura, da Universidade Federal do Piauí.
O estudo, segundo a pesquisadora Adriana Mello, usará modernas tecnologias de genotipagem, como o BeadChips, que contém mais de 50 mil marcadores moleculares. Esse chip é fabricado pela empresa Illumina Incorporated, de San Diego, na Califórnia, Estados Unidos. A genotipagem das amostras já coletadas, de acordo com a pesquisadora, vai ser conduzida pelo laboratório da empresa Deoxi Biotecnologia Ltda, com sede no município de Araçatuba, em São Paulo.
Adriana Mello revela que marcadores moleculares SNPs – Single Nucleotide Polymorphism – como os que serão usados na genotipagem dos caprinos Marota, têm como princípio "a variação em base única na cadeia nucleotidica de DNA". Segundo a pesquisadora, o desenvolvimento de metodologias para genotipar milhares de SNPs, em um único ensaiou, ampliou o espaço para os estudos em várias áreas. Ela lembra que chips de genotipagem já foram produzidos para humanos, bovinos, ovinos equinos, suínos e caninos.
Rústicos, os caprinos Marota são nativos do Nordeste brasileiro. Eles são descendentes dos caprinos introduzidos no País pelos portugueses, quando por aqui aportaram. Resistente às altas temperaturas, o caprino Marota se adapta bem às adversidades do semiárido nordestino, e é resistente também a doenças e a verminoses. Existem também exemplares da raça nos estados da Paraíba, Ceará e Pernambuco.
Fonte: Com informações Embrapa
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