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Publicado em 22/08/2014
Em coletiva de imprensa, no dia 11 de agosto, representantes
do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) confirmaram que houve fraude nos
produtos das cooperativas Piá e Santa Clara, com a detecção de
álcool etílico para mascarar a adição de água no produto,
mas que o caso seria isolado e que as empresas já apresentaram ações de melhorias.
Segundo
o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) do Mapa, Leandro Feijó, 97,4%
das análises do leite produzido no Rio Grande do Sul têm índice de conformidade.— Nessas
poucas que não estão, o Mapa investiga, interdita o estabelecimento e retira o produto das prateleiras. Assim
foi feito no caso das cooperativas gaúchas — informou Feijó.
Feijó
admite que é preciso melhorar o controle de qualidade pelas indústrias, que são as responsáveis
por permitir ou não que o produto siga para ser processado e levado ao consumidor. O papel do governo é fiscalizar
e, em último caso, fechar os estabelecimentos irregulares.
O Mapa também anunciou que o processo de fiscalização
do governo vai ser agilizado por meio da informatização do sistema, desde o pedido da análise
até o envio do resultado. Já que, no caso da fraude nas cooperativas, o resultado que apontou presença
de álcool demorou 15 dias para ser divulgado e o leite pausteurizado produzido pela Santa Clara, por exemplo, já
havia perdido o prazo de validade e foi consumido.
Com o investimento,
que já obteve liberação de recursos e deve estar implementado até o início de 2015, o exame
que testa a presença de álcool, que hoje demora cerca de 10 dias e pode chegar a até duas semanas,
deve cair pela metade ou até menos, dependendo do método utilizado. Ainda segundo Feijó,Piá
e Santa Clara já entregaram seus planos de ação, que envolvem principalmente a melhorias das
análises laboratoriais.
A investigação de quem são os fraudadores é responsabilidade do Ministério Público. Ao Mapa cabe a punição administrativa, cuja multa máxima é de R$ 15,6 mil e que deve ser a aplicada à Piá e à Santa Clara. No entanto, um termo de cooperação foi estabelecido entre os órgãos após as revelações da Leite Compen$ado. Ao final das reuniões, o promotor de Defesa do Consumidor, Alcindo Bastos, que coordena as investigações, defendeu que há fraude, numa variação daquelas que a Operação Leite Compen$ado apurou, mas com o mesmo objetivo: aumentar o lucro. Para Bastos, as adulterações estariam sendo feitas por produtores e/ou transportadores, sendo as cooperativas responsáveis por suposta falha no controle de qualidade.
Fonte: Observatórios SESI/SENAI/IEL Com informações Zero Hora e Sul21
Mais informações: Globo Rural
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