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Ministério cobra das indústrias mais rigor em análises do leite

Publicado em 22/08/2014

Produtos das cooperativas Piá e Santa Clara tiveram irregularidades com adição de álcool.

 

clique para ampliar>clique para ampliarO diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Mapa, Leandro Feijó, reforçou a responsabilidade das indústrias em garantir a qualidade do leite para os consumidores gaúchos. “O governo não produz leite, quem produz é a indústria”, destacou. (Foto: Bernardo Jardim Ribeiro/Sul21)

       Em coletiva de imprensa, no dia 11 de agosto, representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) confirmaram que houve fraude nos produtos das cooperativas Piá e Santa Clara, com a detecção de álcool etílico para mascarar a adição de água no produto, mas que o caso seria isolado e que as empresas já apresentaram ações de melhorias.
 
       Segundo o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) do Mapa, Leandro Feijó, 97,4% das análises do leite produzido no Rio Grande do Sul têm índice de conformidade.— Nessas poucas que não estão, o Mapa investiga, interdita o estabelecimento e retira o produto das prateleiras. Assim foi feito no caso das cooperativas gaúchas — informou Feijó.
 
      Feijó admite que é preciso melhorar o controle de qualidade pelas indústrias, que são as responsáveis por permitir ou não que o produto siga para ser processado e levado ao consumidor. O papel do governo é fiscalizar e, em último caso, fechar os estabelecimentos irregulares.

      O Mapa também anunciou que o processo de fiscalização do governo vai ser agilizado por meio da informatização do sistema, desde o pedido da análise até o envio do resultado. Já que, no caso da fraude nas cooperativas, o resultado que apontou presença de álcool demorou 15 dias para ser divulgado e o leite pausteurizado produzido pela Santa Clara, por exemplo, já havia perdido o prazo de validade e foi consumido. 
 
      Com o investimento, que já obteve liberação de recursos e deve estar implementado até o início de 2015, o exame que testa a presença de álcool, que hoje demora cerca de 10 dias e pode chegar a até duas semanas, deve cair pela metade ou até menos, dependendo do método utilizado. Ainda segundo Feijó,Piá e Santa Clara já entregaram seus planos de ação, que envolvem principalmente a melhorias das análises laboratoriais.

     A investigação de quem são os fraudadores é responsabilidade do Ministério Público. Ao Mapa cabe a punição administrativa, cuja multa máxima é de R$ 15,6 mil e que deve ser a aplicada à Piá e à Santa Clara. No entanto, um termo de cooperação foi estabelecido entre os órgãos após as revelações da Leite Compen$ado. Ao final das reuniões, o promotor de Defesa do Consumidor, Alcindo Bastos, que coordena as investigações, defendeu que há fraude, numa variação daquelas que a Operação Leite Compen$ado apurou, mas com o mesmo objetivo: aumentar o lucro. Para Bastos, as adulterações estariam sendo feitas por produtores e/ou transportadores, sendo as cooperativas responsáveis por suposta falha no controle de qualidade.

 

Fonte: Observatórios SESI/SENAI/IEL Com informações Zero Hora e Sul21 

Mais informações: Globo Rural

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