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Publicado em 23/07/2014
As cadeias da avicultura e suinocultura querem aproveitar a próxima
reunião da cúpula dos Brics (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia,
China e África do Sul), para ampliar a participação no mercado internacional.
A
Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que representa os dois setores, encaminhou
ofício para o Ministério das Relações Exteriores e para a Presidência
da República solicitando apoio nas negociações dos países durante o encontro, que ocorre
na próxima semana, em Fortaleza (CE). Há demandas para todos os países do bloco, que envolvem abertura
de mercados e mudança nas condições comerciais.
No caso
da Rússia — a principal compradora da carne suína brasileira — a demanda é
por estabilidade nas negociações, argumenta o presidente da ABPA, Francisco Turra. “No
passado ocorreram restrições à carne brasileira sem justificativas muito claras”, contextualiza.
Ele explica que isso desestimula a produção nacional, e limita a capacidade de oferta em momentos de aumento
na demanda, como o que ocorre agora devido aos problemas da propagação da diarreia epidêmica suína
(PEDv) nos Estados Unidos.
Para a China o objetivo é garantir ampliação nos negócios.
A nação asiática já autorizou a compra de carne oriunda de 29 frigoríficos avícolas
e 6 suínos, mas ainda não houve nenhuma aquisição.
Tarifação
A incidência de tarifas sobre a carne brasileira é o alvo dos pleitos junto à África do
Sul e Índia. A ABPA indica que no caso indiano o maior impacto ocorre na avicultura, que é onerada em 35% para
o frango inteiro e de 100% para cortes e processados. “É inviável fechar negócios fechar negócios
com essa taxa. Isso só pode ser resolvido através da diplomacia”, aponta Turra. Há demanda semelhante
para os sul-africanos, já que houve ajuste de 27% para 82% na tarifa de importação de frango inteiro
oriundo do Brasil, fato que também limitou os negócios.
A entidade avalia que há potencial
para forte incremento nas vendas nos quatro países que formam o bloco. Isso também favorece os dois setores
no longo prazo, sinaliza Turra. “O objetivo, especialmente na suinocultura, é garantir que haja mais opções,
sem que haja dependência de nenhum mercado.”
Fonte: Gazeta do Povo
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