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Publicado em 06/06/2014
A Rodada Biotecnológica Agroindustrial é uma proposta do projeto de Articulação das Rotas Estratégicas para a Indústria Paranaense, que, pelo grupo de trabalho denominado Rodada de Negócios Tecnológica Universidade/Empresa, trabalharam para concretizar as visões de futuro previstas no Roadmapping da Biotecnologia aplicada à indústria Agrícola e Florestal e Roadmapping da Biotecnologia aplicada à Indústria Animal.”
Para aproximar empresários e pesquisadores da área de biotecnologia agroindustrial, o Sistema Fiep, por meio dos Observatórios Sesi/Senai/IEL, promoveu dia 4 de junho uma Rodada de Negócios Tecnológica com ênfase no setor produtivo de Nutrição Animal e no dia 05 de junho na área da indústria de Biotecnologia Agrícola e Florestal. O evento aconteceu no Campus da Indústria, em Curitiba, e reuniu representantes de empresas, universidades e institutos de pesquisa do Paraná e São Paulo.
A Rodada Biotecnológica Agroindustrial iniciou no dia 4 com a palestra sobre "Propriedade Intelectual", ministrada por Cláudia Magioli, Coordenadora Geral de Patentes da Área de Biotecnologia, Agricultura, Agroquímica, Alimentos e Cosméticos do INPI (Instituto Nacional de Propriedade Intelectual)e com uma mesa de debates sobre "Inovação na área de Nutrição animal",
O trabalho realizado pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial foi apresentado pela Cláudia Magioli do INPI. O INPI é um Instituto vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). O órgão é responsável pelo aperfeiçoamento, disseminação e gestão do sistema brasileiro de concessão e garantia de direitos de propriedade intelectual para a indústria. “Temos programas e serviços para agilizar a concessão de patentes em áreas estratégicas, entre eles, o programa de patente verde, que identifica tecnologias verdes no Brasil”, conta. Além do PROSUR (exame de patente colaborativo entre Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Suriname e Urugua)i e Exame Prioritário de Fármacos.
Cláudia Magioli apresentou as matérias patenteáveis (abordadas pela Lei da Propriedade Industrial nº 9.279 de 1998) e não patenteáveis. Segundo a lei citada são patenteáveis: os métodos de tratamento não terapêuticos de fabricação de composições medicinais, sequências biológicas modificadas, proteínas de fusão, processos biológicos onde ocorra intervenção humana, composições contendo extratos de animais ou plantas, composições contendo organismo isolado ou partes destes microrganismo geneticamente modificado, métodos de obter plantas geneticamente modificadas, hibridomas e anticorpos monoclonais
Segundo Magioli, a Lei de Propriedade Industrial é restritiva em relação aos patenteamentos ligados ao setor de biotecnologia no Brasil. “Ao ser comparado com outros países, o Brasil está mais próximo da Índia no que diz respeito ao patenteamento no setor, bem diferente dos EUA, que mais concede patentes, seguido do Japão, China e Índia”, afirmou.
Representantes de empresas e universidades também participaram de uma mesa de debates sobre a inovação no setor de nutrição animal e contaram suas experiências, dificuldades para registro de produtos no MAPA e de manejar recursos para pesquisa, fontes de financiamentos e investimentos em inovação.
Participaram da mesa de debates: Nicolau Afonso Barth (moderador da mesa, da Agência de Inovação, UTFPR), Marcelo Huber (representando empresa, da Sanex), Uislei Orlando (representando empresa, da BRF), Gabriel Rangel (do MAPA), Marcelo Valente ( da FINEP), e os pesquisadores docentes Patrick Schmidt (da UFPR), e Claudete Regina Alcalde (da UEM).
Para o representante do setor de inovação da UTFPR, professor Nicolau Afonso Barth, o número de pedidos de propriedade intelectual no Brasil tem apresentado um crescimento nos últimos anos, mas ainda não é satisfatório. “Precisamos melhorar esse quadro. Isso deve ser buscado por todos para termos um país mais competitivo internacionalmente”, disse.
Para Uislei Orlando, gerente responsável pela pesquisa e desenvolvimento na área de Nutrição Animal da BRF, uma das 10 maiores empresas de alimentação do mundo, investir em inovação é estratégico para o crescimento da empresa e ,para isso, desenvolve projetos com apoio de várias universidades brasileiras.
Foi levantado pelo gerente técnico em Pesquisa e Nutrição da empresa Poli-Nutri, Andre Viana Coelho de Souza, presente no debate e pelos integrantes da mesa, que falta investimento em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias para vitaminas, minerais e aminoácidos. No Brasil quase 100% desses insumos são importados. “Também há risco de segurança, pela veiculação de doenças, pois grande parte das vitaminas é importada da China, país de origem do vírus da Diarréia Epidêmica Suína, doença que tem dizimado plantéis de suínos nos EUA.”, disse Uislei Orlando.
Emerson Camargo, da Agência de Inovação da UFPR, declarou necessária uma evolução na cultura de Propriedade Intelectual no Brasil, não há disciplina nas Universidades sobre o tema, há necessidade de maior qualificação dos empresários e pesquisadores para investirem em pesquisa aplicada para desenvolvimento de novos produtos.
Marcelo Huber, empresário da Sanex, afirmou que há uma carência de apoio às empresas e que o evento Rodada Biotecnológica Agroindustrial é fundamental para o sucesso da inovação industrial, portanto, mais empresas deviam procurar participar.
A primeira rodada tecnológica em nutrição animal contou com os seguintes apoios – patrocinadores: CNPq, Sistema FIEP, Fytogen, Impextraco, Nutrimental, e instituições colaboradoras e apoiadoras: Sindirações, Embrapa Florestas, UEM, NIT-UEM, UFPR, Agência de Inovação da UFPR e da UTFPR
Realização: Sistema Fiep e CNPq
Apoio:
Fonte: Sistema Fiep e Observatórios SESI/SENAI/IEL
Para mais informações da Rodada Biotecnológica Agroindustrial na área Agrícola e Florestal acesse aqui.
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