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Caminhamos rumo à extinção?

Publicado em 27/05/2014

 

clique para ampliar>clique para ampliarPrecisamos produzir alimentos para o mundo, mas também estamos produzindo químicos durante esse processo que poderiam nos levar a morte, disse Dr. Alex Yiannikouris (Foto: Alltech)

Estamos vivendo em meio a um paradigma.

"Eu acredito que nós temos a peculiaridade de estabelecer a nossa própria destruição,” disse o Dr. Yiannikouris, o "pai" do programa de análise 37+ da Alltech, que detecta níveis micotoxinas em ração animal.

Ele se referiu a uma citação poderosa do “State of Science of Endocrine Disrupting Chemicals”, da WHO-UNEP 2012:

“Vivemos em um mundo em que produtos químicos sintéticos tornaram-se parte da vida cotidiana. É claro que alguns destes poluentes químicos podem afetar o sistema hormonal e certos disruptores endócrinos podem interferir com os processos de desenvolvimento dos seres humanos e animais selvagens.”

Por mais de 50 anos, existem relatos sobre produtos químicos no meio ambiente com efeitos semelhantes ao dos hormônios sobre a vida selvagem e dos seres humanos. Um alerta começou em 1949, quando profissionais de campo que pulverizavam DDT nas plantações foram identificados com redução nos níveis de espermatozoides.

Mas os químicos perigosos não são apenas os criados pelo homem. Há disruptores endócrinos naturais. Por exemplo, ovelhas australianas desenvolveram infertilidade após pastar em campos de trevo ou alfafa ricos em coumestrol.

A palestra do Dr. Yiannikouris no 30º Simpósio Internacional da Alltech foi focada nos xenobióticos: hormônios, promotores de crescimento, nutrientes, medicamentos e produtos ambientais, que perturbam o sistema endócrino, cuja missão é manter a homeostase dentro do corpo. Como resultado dos alimentos que consumimos e dos produtos químicos que encontramos, os xenobióticos podem entrar no sistema endócrino e perturbar a homeostase, causando problemas de saúde.

Exemplos de xenobióticos incluem:

  • Hormônios esteroides utilizados em animais para aumentar a produção. Eles nos permitem proporcionar maior oferta de leite e mais carne, fazendo de uma forma que é mais rentável para o produtor e o consumidor. A preocupação é a possibilidade de resíduos hormonais que permaneçam no produto, passando para o consumidor. O FDA tem doses diárias aceitáveis ​​para carne e produtos lácteos, enquanto que a União Europeia, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, Japão e Israel proibiram o seu uso desde 2000.
  • Fitoestrógeno - compostos estrogênicos encontrados naturalmente nas plantas. Eles podem ter propriedades antioxidantes e podem reduzir o risco de certos tipos de câncer. No entanto, eles também são potentes disruptores endócrinos e podem atrapalhar a homeostasia.
  • Zearalenona - uma micotoxina que pode ser encontrada nos cereais de alimentação animal e também na alimentação humana, uma vez que se transfere para a carne, leite, vinho, pão e outros produtos alimentares.
  • Poluentes - incluindo produtos derivados de petróleo, medicamentos, pesticidas, contaminantes industriais, subprodutos industriais (por exemplo, o BPA), dioxinas, alquilfenóis etoxilados, compostos perfluorados, éteres difenil-polibromados, detergentes industriais, conservantes (BHT e BHA) e corante vermelho n º 3.

As mulheres usam em média 12 produtos de higiene pessoal diariamente que contêm pelo menos 128 ingredientes químicos, observou Dr. Yiannikouris. Os seres humanos absorvem, inspiram e ingerem muitos desses produtos químicos. A bioacumulação e biomagnificação de todos os xenobióticos devem ser consideradas em como elas afetam toda a cadeia, incluindo quando passam de mãe para filho no útero e durante a amamentação.

Com cinco bilhões de quilos de agrotóxicos utilizados isoladamente a cada ano, o corpo humano recebe uma incrível carga tóxica. Estes disruptores endócrinos podem contribuir para o câncer de mama, câncer de próstata, endometriose, câncer de ovário, puberdade precoce, infertilidade, obesidade, diabetes, danos ao sistema imunológico, problemas de tireoide, etc.

Então, como é que vamos combater a presença destes poluentes? Segundo o Dr. Yiannikouris, isso precisa ser feito a nível internacional e utilizando análises de equivalência tóxicas, que permitem a medição da carga total de toxicidade de misturas de contaminantes.

Dr. Yiannikouris explicou que é hora de uma forma mais precisa de uso dos químicos para limitar a carga tóxica que está sendo passada para o corpo humano. Embora existam mais desafios do que respostas no presente, precisamos limpar a bagunça e ser melhor para identificar, detectar, mensurar e monitorar os contaminantes.

"O progresso e o desenvolvimento são sempre um equilíbrio entre as necessidades de uma população humana em crescimento rápido e o desenvolvimento e esclarecimento científico", finaliza Dr. Yiannikouris.

Informações: Alltech

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