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Paraná finaliza a primeira etapa de vacinação contra febre aftosa em 31 de maio

Publicado em 22/05/2014

clique para ampliar>clique para ampliarA previsão é que sejam vacinados 4,25 milhões de cabeças de animais jovens, o que corresponde a 45% do rebanho atual do Paraná. (Foto: Ourofino)

O Governo do Paraná lançou nesta quarta-feira (30/04) a campanha de vacinação contra a febre aftosa. Nesta primeira fase, até 31 de maio, é obrigatório a vacinar todos os bovinos e búfalos nascidos até 24 meses, que representam cerca de 45% do rebanho paranaense.

Realizada na fazenda Sol Poente, em Campo Magro, na Região Metropolitana de Curitiba, o governador Beto Richa aplicou a vacina no primeiro animal e destacou que a garantia da sanidade do rebanho paranaense, com ações de defesa agropecuária, possibilitou a retomada da exportação da carne produzida no Estado. “Com este trabalho conseguimos reconquistar a confiança de mercados internacionais, como o da Rússia, que é muito exigente”, afirmou Richa.

O início da vacinação foi acompanhado pelo secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, e o diretor-presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Inácio Afonso Kroetz, do assessor técnico da Federação da Agricultura do Paraná (Faep), Ronei Volpi, produtor, prefeitos dos municípios da região e outras autoridades políticas estaduais e municipais.

“Hoje, com responsabilidade, diálogo com os produtores e um trabalho efetivo de defesa satária animal, estamos garantindo qualidade aos produtos de nosso Estado”, afirmou Beto Richa. “Já temos quatro frigoríficos credenciados para exportar a carne para aquele país e essa abertura vai contribuir ainda mais para conquistar novos horizontes para os produtos agropecuários do Estado”, ressaltou o governador.

Foram nove anos de embargos à exportação da carne bovina ao país europeu. Em maio do ano passado, o governador Beto Richa esteve na Rússia e tratou da questão do mercado para os produtos paranaenses em encontro na Embaixada do Brasil. A ação do governador abriu caminho para a visita técnica feita, depois, pelo secretário Norberto Ortigara, o presidente da Adapar e o representante da Faep. Em fevereiro último, o serviço veterinário russo habilitou frigoríficos paranaenses à exportação.

O governador lembrou que a primeira iniciativa que confirmou a preocupação do governo estadual com a sanidade animal e vegetal foi a criação e estruturação da Adapar. “Agora estamos com um concurso aberto para a contratação de mais 200 agentes, entre veterinários, agrônomos e técnicos agrícolas para garantir uma estrutura maior, a fim de que possamos conquistar o status de estado livre da febre aftosa sem vacinação”, afirmou Richa.

COMPROVAÇÃO - A previsão é que sejam vacinados 4,25 milhões de cabeças de animais jovens, o que corresponde a 45% do rebanho atual do Paraná, estimado em 9,4 milhões de animais, entre animais jovens e adultos.

Até o final da campanha, o produtor deve efetivar a compra do medicamento, fazer a aplicação e a comprovação da vacinação do seu rebanho. Na segunda etapa, em novembro, será obrigatória a vacinação de 100% do rebanho.

ÁREA LIVRE - O secretário da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara, ressalta a importância da vacina para garantir que o Estado continue sendo uma área livre da febre aftosa. “A dose da vacina é bem barata, se comparada ao grande prejuízo que um animal não vacinado pode trazer a toda economia do Paraná e de todo o País”, disse ele.

O Paraná é reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como Área Livre de Febre Aftosa ao lado de outros 14 estados, o Distrito Federal e a região centro-sul do Pará. “Trabalhamos com os demais estados para construir um ambiente favorável à eliminação dessa técnica de manejo. Queremos conquistar um novo padrão de reconhecimento internacional, de área livre da aftosa sem necessidade de vacinação, por isso é importante que todos os criadores imunizem seu rebanho”, explicou Ortigara.

Devido ao alto poder de difusão do vírus da febre aftosa, os países e áreas livres de febre aftosa estabelecem fortes barreiras à entrada de animais susceptíveis e seus produtos oriundos de regiões com febre aftosa. Assim, basta apenas um foco desta doença (uma propriedade atingida) para haver restrição ao mercado internacional, e até mesmo ao mercado nacional, já que animais e produtos de origem animal ficam proibidos de serem comercializados para países livres ou áreas livres de febre aftosa. Essas barreiras têm efeitos negativos sobre a pecuária e na economia do país, com graves consequências sociais.

O presidente da Adapar, Inácio Afonso Kroetz, explicou que a primeira dose da vacina também contribui para garantir a eficácia da segunda dose. “A primeira etapa é para os animais mais sensíveis e suscetíveis à doença. Eles são vacinados neste período justamente para induzir a produção de mais anticorpos, que fortalecem a imunização até a idade adulta, quando passam a receber apenas uma dose por ano”. Na vacina anual teríamos milhares de animais que estariam com até um ano de idade sem nunca terem recebido uma dose sequer.

Kroetz também orienta sobre a forma correta de aplicar a vacina nos animais. “Após comprar a vacina, é importante mantê-la refrigerada e aplicar o quanto antes nos animais, desde que eles não estejam estressados e que isso não seja feito nas horas mais quentes. A dose precisa ser aplicada com todo o cuidado para que eles respondam bem à vacinação. Não basta aplicar a vacina de qualquer jeito e achar que o animal está protegido”, ressaltou.

PELA INTERNET - Para facilitar o processo de comprovação da vacina, que é obrigatório a todos os produtores, a Adapar oferece o sistema on-line de cadastro. Pela internet será possível declarar informações do rebanho, como a quantidade de animais existentes e vacinados, a quantidade de doses aplicadas, o laboratório em que a vacina foi adquirida e a sua validade.

O produtor que preferir o método tradicional poderá fazer a comprovação da vacinação do seu rebanho nas unidades locais de Sanidade Agropecuária, distribuídas pelo Estado.

A vacinação e a comprovação do rebanho são obrigatórias para todos os produtores. Quem não vacinar ou não comprovar a vacinação por meio de nota fiscal de compra da vacina será multado em R$ 112,92 por cabeça não vacinada. Além disso não poderá obter a Guia de Trânsito Animal (GTA) que permite o transporte dos animais para várias finalidades.

Participaram do lançamento da campanha o diretor-presidente do Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), Rubens Ernesto Niederheitmann, os prefeitos de Campo Magro, Louvanir Menegusso; de Quitandinha, Márcio Neri; de Pontal do Paraná, Edgar Rossi; de Doutor Ulysses, Josiel dos Santos; de Itaperuçu, Neneu José Artigas, e de Cerro Azul, Claudinei Braz. Também estiveram presentes o comandante do 22º Batalhão da Polícia Militar, tenente-coronel Monteiro, e os deputados estaduais Alexandre Khury, Rasca Rodrigueis, Ney Leprevost e Osmar Bertoldi, o subchefe da Casa Civil Eduardo Pimentel e o representante da Superintendência do MAPA no Paraná, Glauco Bertoldo.

Fonte: ADAPAR

 

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