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Publicado em 22/05/2014
O Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2014/2015 traz novidades
para o segmento da bovinocultura de corte. Este ano o Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(Mapa) contemplou o segmento com três linhas de financiamentos, uma para aquisição
de animais para engorda, uma para retenção de matrizes e outra para aquisição de matrizes e reprodutores.
A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) já havia solicitado uma linha especial para a retenção
de matrizes e avalia positivamente a maior atenção dada à atividade pelo Mapa.
De acordo com
o anúncio do ministro Neri Geller, os criadores poderão financiar a aquisição de animais para
engorda em regime de confinamento, a retenção de matrizes (com até três anos para pagamento) e
a aquisição de matrizes e reprodutores (limite de R$ 1 milhão por beneficiário com até
cinco anos para pagamento, sendo dois de carência), com o intuito de aumentar a oferta de carne.
O vice-presidente da Acrimat, Guilherme Nolasco, destaca que o setor da pecuária se sente atendido com as três
linhas disponibilizadas. Como explica, uma linha para retenção era solicitada em virtude da evolução
no abate de fêmeas nos últimos dois anos e consequentemente a escassez de bezerros. “Houve uma participação
muito grande de fêmeas nos abates dos últimos dois anos. Agora passamos por um momento de alta no preço
dos bezerros justamente porque houve redução na oferta. Com esta linha garantimos aos pecuaristas uma alternativa
de renda, ao mesmo tempo em que manteremos as matrizes no rebanho”.
No entanto, de acordo com Nolasco, o
PAP ainda destina 72% para custeio e comercialização e como a pecuária é uma atividade de longo
prazo seria preciso dar atenção maior para as linhas de investimento. “Precisamos de investimentos em
tecnologia para fazer recuperação e reforma de pastagem nas áreas que serão integradas à
lavoura. A expansão da agricultura no Estado passa pela pecuária. Por isso reivindicamos mais linhas de médio
e longo prazos”.
O PAP 2014/15 irá disponibilizar R$ 156,1 bilhões, 14,7% a mais do que os
R$ 136 bilhões da safra 2013/14. Deste total, R$ 112 bilhões são para financiamentos de custeio e comercialização
e R$ 44,1 bilhões para os programas de investimento.
Fonte: Diário de Cuiabá
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