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Disseminação do Vírus Epidêmico de Diarréia Suína eleva custo da carne suína nos Estados Unidos

Publicado em 04/04/2014

clique para ampliar>clique para ampliarLeitões com atraso no desenvolvimento, vômitos, anorexia, e diarreia típica da Diarréia Epidêmica Suína. (Foto: 3tres3)

O vírus epidêmico de diarreia suína (PED) ainda não chegou ao Brasil. Mas, segundo Eliana, médica veterinária da Bayer, o país não está livre da ocorrência da epidemia. A especialista assegura que o vírus não apresenta ameaça à saúde humana ou à segurança dos alimentos. Desde 2005, os surtos da doença tornaram-se um problema para as indústrias do setor. Em 2013, a doença chegou aos Estados Unidos e se espalhou rapidamente por 23 Estados norte-americanos, onde a estimativa de perdas é de 2 milhões de animais.

"O que nos preocupa, é que nos EUA ainda não conseguiram identificar qual foi a real fonte de infecção, como o vírus conseguiu entrar naquele país. Ainda há um mistério de como essa transmissão pode ser feita, por isso precisa ser feita uma vigilância muito grande, regras de biossegurança, cuidado no transportes de animais" – alertou Eliana.

O vírus, que causa diarreia e vômitos severos, é fatal apenas para suínos jovens e não representa ameaça à saúde humana ou à segurança dos alimentos, de acordo com veterinários de suínos. A cepa nos EUA é quase idêntica a uma versão que restringiu a produção de suínos na China em 2012.

A extensão do impacto não está clara porque propriedades não precisam reportar casos ou mortes para reguladores federais. A Smithfield Foods, maior produtora de carne suína do mundo, e outros frigoríficos estimam que cerca de 10% das fêmeas adultas do país foram infectadas pelo vírus, que pode se espalhar para os seus descendentes.

A empresa, uma unidade da chinesa Shuanghui International Holdings, disse no mês passado que o vírus pode resultar em uma perda de produção de suínos nos EUA este ano de 2 a 3 milhões de cabeças, ou até 3% do total da indústria. O grupo Hormel Foods advertiu recentemente seus lucros para o ano fiscal 2014 podem ser afetados por "custos de animais potencialmente voláteis", devido ao vírus.

Para evitar a doença, muitos produtores de suínos dos EUA estão redobrando as práticas de segurança, incluindo desinfetar equipamentos e calçados de trabalhadores. Mas muitos dizem que a doença é difícil de evitar.

É a doença mais difícil que já enfrentamos. Foi impressionante a rapidez com que a doença se propagou. Você se sente sem ação – afirma Mike Brandherm, gerente-geral da produtora de suínos Hitch, de Oklahoma, que perdeu 30 mil leitões em seis semanas em um surto em 2013. Apesar de os surtos terem perdido força nas fazendas da empresa desde então, a Hitch continua perdendo de 500 a 600 leitões por semana, disse Brandherm.

O golpe no abastecimento deverá elevar preços de bacon e costeletas de porco para os consumidores norte-americanos. Os preços da carne suína no varejo provavelmente atingirão um novo recorde este ano, ultrapassando os US$ 3,81 por libra-peso alcançados em outubro, de acordo com o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA). O órgão projeta para 2014 um aumento de 2% a 3% nos preços da carne suína no varejo, depois de uma valorização de cerca de 1% no ano passado.

Saiba mais sobre o vírus PED aqui.

Fonte: Pecuária Rural

 

 

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