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Publicado em 27/03/2014
A reunião foi realizada e promovida pela FAEP (Federação da Agricultura do Estado do Paraná) e contou com uma apresentação sobre os Custos de Produção e Indicadores de Preço de Cordeiro de São Paulo. A palestra foi proferida pela Dra. Camila Raineri, pesquisadora do Laboratório de Análises Socioeconômicas e Ciências Animal da USP (LAE/FMVZ/USP). O projeto realizado pelos pesquisadores da USP permitiu o desenvolvimento de um novo indicador, o Índice de Custo de Produção do Cordeiro Paulista (ICPC). A ferramenta permite acompanhar a variação do custo da produção de ovinos, levando a melhor compreensão da dinâmica econômica do setor.
O controle dos custos de produção pelo produtor permite o gerenciamento da propriedade, e o conhecimento do retorno financeiro, ou seja, se a produção está pagando os custos, e gerando lucro. Camila também atua como criadora de ovinos e relatou a dificuldade que existe para os produtores calcularem o custo de produção. “Como o criador não sabe qual é o custo real do seu cordeiro, corre-se o risco de achar que o preço de venda do animal é justo, quando, na verdade, o lucro pode estar sobre-estimado”, disse.
O ICPC surgiu a partir desta demanda. A idéia de trazer a Camila para proferir a palestra na Reunião da Comissão Técnica de Caprinocultura e Ovinocultura realizada na FAEP foi divulgar essa ferramenta de custo para os produtores de ovinos e caprinos do estado do Paraná. Um dos principais desafios do setor da ovinocultura no Brasil é verificar a viabilidade da atividade. O indicador de preço do cordeiro mensal irá permitir indicar quais condições poderiam ser satisfeitas para a viabilização da atividade.
Segundo conclusões do trabalho realizado por Camila Raineri , os gastos do produtor com os insumos para produção (arrendamento do pasto, concentrado, adubos, vacinas, medicamentos, mão de obra, diarista, equipamentos, etc) possuem menor impacto nos custos de produção que os coeficientes zootécnicos, ou seja, melhorando-se os índices zootécnicos temos um impacto maior na diminuição dos custos de produção que diminuindo os gastos com os insumos. Camila Raineri ressaltou: “Nem sempre custos elevados são de gastos elevados, e sim de indicadores zootécnicos abaixo dos ideais”.
A palestrante e os presentes ainda relataram a importância do melhoramento genético do rebanho para redução dos custos e agregação de valor dos animais. O controle dos coeficientes zootécnicos e das planilhas de cálculos permite identificar onde está o problema na propriedade e ,com uma consultoria especializada, o produtor poderá interferir exatamente onde está o problema.
As planilhas de cálculos de custo deverão ser divulgadas por instrutores do SENAR-PR (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) aos produtores do Paraná.
A reunião também contou com uma apresentação de Alexandre Lobo Blanco sobre ações desenvolvidas pelo SENAR-PR para a cadeia de ovino-caprinocultura do Estado.
No período da tarde, produtores e especialistas fizeram uma visita ao Laboratório de Pesquisas e Produção de Ovinos e Caprinos da Universidade Federal do Paraná (LAPOC-UFPR) para conhecerem os projetos de pesquisa que estão em andamento e as instalações do LAPOC.
Estiveram presentes na reunião produtores, técnicos e instrutores do SENAR-PR, Alexandre Lobo Blanco e Jaciane Kleank, presidente da Ovinopar, Edison Luis Duarte Dias, docente de Ovinocultura e Caprinocultura da UFPR, Alda Lucia Gomes Monteiro, coordenador da área de ovinos na Cooperativa Castrolanda,Tarcísio Bartmeyer, presidente da Comissão Técnica de Caprinocultura e Ovinocultura da FAEP, Adriane Araújo Azevedo, pesquisadora dos Observatórios SESI/SENAI/IEL, Andréia Molardi Bainy, acompanhou esta reunião representando o grupo que discute a formação de banco de dados para melhoramento genético de ovinos/caprinos.
Assita ao vídeo do SENAR-PR/ Empreendedor Rural
Mais informações: FAEP
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