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Publicado em 19/03/2014
O grupo LBR — Lácteos Brasil terá de justificar ao Ministério Público Estadual (MPE) por que reincidiu ao processar cerca de 300 mil litros de leite adulterados com formol em duas de suas marcas, a Líder e a Parmalat. Se agiu irregularmente, poderá sofrer uma multa ainda mais pesada que a anterior.
Na sexta-feira passada, na quarta fase da Operação Leite Compen$ado — lançada em 8 de maio de 2013 pelo MPE e Ministério da Agricultura —, foram apreendidos 15 caminhões e preso o dono de posto de resfriamento Odir Pedro Zamadei, de Condor, suspeito de adicionar formol no leite. O produto foi entregue à LBR, com sede em Tapejara, que enviou a carga para as suas unidades de Lobato (PR) e Guaratinguetá (SP).
Neste domingo, o promotor de Defesa do Consumidor do MPE, Alcindo Bastos da Silva Filho, anunciou que chamará a LBR para apresentar defesa. Também analisará se a empresa descumpriu o termo de ajustamento de conduta (TAC), firmado em 2013, quando lotes da marca Líder foram apanhados com ureia e formol.
A adição de formol somente é comprovada com análises químicas do leite. O formol pode provocar danos ao aparelho gatrintestinal e câncer.
Alcindo Filho lembrou que a LBR se comprometera a informar o Ministério da Agricultura se recebesse leite duvidoso, além de aperfeiçoar seu laboratório de testes. Da multa de R$ 1,8 milhão, já pagou seis das 24 parcelas.
A assessoria de imprensa da LBR não pôde ser localizada para se manifestar. Na sexta-feira, a empresa divulgou nota garantindo que havia testado a carga, sem encontrar "anormalidades".
A LBR nasceu em 2010 com a fusão entre a LeitBom (controlada pela Monticiano Participações, que tem como acionista a dona da Parmalat no Brasil) e a gaúcha Bom Gosto, do empresário Wilson Zanatta, presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado (Sindilat).
Informações: Zero Hora
Leia mais: Folha de São Paulo
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