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Publicado em 12/02/2014
A Embrapa Suínos e Aves de Concórdia (SC), unidade descentralizada da empresa
de pesquisa agropecuária vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), concluiu
recentemente o seu Laboratório NB3 de alta segurança. A expectativa é que o laboratório
apoie o desenvolvimento e validação de técnicas de diagnóstico, bem como o isolamento,
caracterização, controle e prevenção de microrganismos infecciosos de interesse das cadeias
suinícola e avícola.
O laboratório NB3 da Embrapa viabiliza, por exemplo, a realização
de estudos ligados à Doença de Newcastle (DNC) e outros agentes infecciosos, como os vírus da Peste Suína
Africana (PSA); da Síndrome Reprodutiva e Respiratória dos Suínos (PRRS); da Diarreia Epidêmica
Porcina (PEDV); da Influenza Suína (H1N1p); da Influenza Aviária (H7N9), presente na Ásia, com potencial
de infecção e transmissão para humanos; e do H7N3, que causou grandes prejuízos à avicultura
mexicana.
"A execução de pesquisas com agentes causadores de doenças que exijam condições
especiais de manipulação quanto ao nível de biossegurança são uma necessidade,
porque fornecem informações científicas e oportunidades de desenvolvimento tecnológico que darão
credibilidade quanto à condição sanitária do rebanho nacional no mercado", diz
o chefe geral da Embrapa Suínos e Aves, Dirceu Talamini.
O supervisor do Grupo de Pesquisa em Sanidade de
Aves da Embrapa, pesquisador Paulo Esteves, destaca a importância dos estudos possíveis com o laboratório
NB3 lembrando "dos momentos de tensão que o mundo viveu devido à possibilidade de que o vírus da influenza
aviária H5N1, de alta patogenicidade, alcançasse distintas regiões do globo com grandes prejuízos
econômicos e sociais, além do potencial deste vírus em causar severa epidemia de influenza entre a população
humana o que, felizmente, não aconteceu." Inicialmente identificado na China, o vírus se alastrou pela Ásia,
Oceania, Europa e parte da África, não chegando à América.
O laboratório foi
construído e equipado com o apoio governamental de programas como o PAC, do Mapa, da captação de recursos
por projetos aprovados em editais competitivos e de parcerias com entidades privadas. Para entrar no laboratório, é
preciso passar por identificação biométrica, através da leitura das impressões digitais.
As salas equipadas para a execução de atividades de isolamento viral e bacteriano contam, por exemplo, com cabines
de segurança biológica, ultrafreezers que chegam a -80°C, sistema de ar de pressão negativa e controle
de temperatura.
Oficial de Biosseguridade
A Embrapa Suínos e Aves tem buscado adequar-se
às normas dos organismos nacionais e internacionais de segurança biológica criando a figura do Oficial
de Biosseguridade (BO). O BO é responsável pela elaboração e cumprimento das normas e
dos procedimentos padrões, treinamentos, manutenção da estrutura e bem-estar dos funcionários,
bem como a intermediação entre o laboratório e as autoridades (Chefia, Bombeiros, Prefeitura, Hospital
e Defesa Sanitária Animal).
"A necessidade de ampliar e modernizar o Laboratório de Sanidade e Genética
Animal e sua estrutura de apoio justifica-se em virtude dos riscos e barreiras ao comércio que as doenças emergentes
e re-emergentes representam para as cadeias de suínos e de aves do Brasil, além das exigências dos mercados
interno e externo", complementa o chefe geral Dirceu Talamini.
Informações: Embrapa Suínos e Aves
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