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Publicado em 31/01/2014
Os herbicidas são utilizados em diversas culturas agrícolas para o controle
de plantas daninhas. Os produtos que têm como componentes a ametrina e o diuron são bastante
utilizados em algumas culturas, como a de cana-de-açúcar. O problema é que quando aplicados em excesso
e de forma indevida acabam tendo um impacto negativo nas espécies chamadas de não-alvo. A mistura desses dois
herbicidas no tanque de pulverização é uma prática comum entre os produtores, ainda que seja proibida
por lei.
Para avaliar os efeitos dessa mistura nos peixes, o Instituto Biológico (IB-APTA) realiza pesquisas
em parceria com a Embrapa Meio Ambiente. Os pesquisadores constataram que quando aplicados em conjunto, os produtos
são cerca de quatro vezes mais tóxicos para a tilápia e o peixe-zebra – mais conhecido
como paulistinha – do que se aplicados de forma isolada. Os resultados trazidos pelos estudos podem auxiliar as agências
reguladoras no estabelecimento de concentrações máximas permissíveis desses herbicidas em águas
continentais, visando à proteção de sua biota associada.
A próxima etapa da pesquisa é verificar se os componentes são absorvidos pela musculatura do peixe, o que poderia representar risco à saúde humana. Mas, a pesquisadora adianta que é pouco provável que a contaminação dos humanos ocorra, pois seria necessário um consumo de peixes muito alto. Levando em conta a ametrina, pelo menos 10 quilos de tilápia por dia. No caso do diuron, em torno de 3 quilos por dia. “A gente estima que no sudeste seja consumido em torno de 5,5 quilos por ano”, conclui.
Informações: Globo Rural e Instituto Biológico
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