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Disseminação de vírus ameaça elevar custo da carne suína nos EUA

Publicado em 15/01/2014

clique para ampliar>clique para ampliarO vírus epidêmico de diarreia suína é fatal para suínos jovens (Foto: Rural BR)

Um vírus que mata suínos jovens perturba a indústria de carne suína dos Estados Unidos, impulsionando as cotações no mercado de US$ 9 bilhões de futuros de suínos e ameaçando elevar preços aos consumidores de alimentos. A doença, que se espalhou para propriedades de 22 Estados, está diminuindo a oferta de carne suína e levando alguns traders e investidores a apostar que os preços dos suínos podem bater recordes este ano. Os futuros de suínos nos EUA subiram para a máxima em sete semanas há uma semana e acumulam alta de 6% desde meados de dezembro.

O vírus epidêmico de diarreia suína (PED) apareceu nos EUA pela primeira vez em abril e já matou milhares de leitões desde então. O vírus, que causa diarreia e vômitos severos, é fatal apenas para suínos jovens e não representa ameaça à saúde humana ou à segurança dos alimentos, de acordo com veterinários de suínos. A cepa nos EUA é quase idêntica a uma versão que restringiu a produção de suínos na China em 2012.

A extensão do impacto não está clara porque propriedades não precisam reportar casos ou mortes para reguladores federais. A Smithfield Foods, maior produtora de carne suína do mundo, e outros frigoríficos estimam que cerca de 10% das fêmeas adultas do país foram infectadas pelo vírus, que pode se espalhar para os seus descendentes.

Para evitar a doença, muitos produtores de suínos dos EUA estão redobrando as práticas de segurança, incluindo desinfetar equipamentos e calçados de trabalhadores. Mas muitos dizem que a doença é difícil de evitar.

O golpe no abastecimento deverá elevar preços de bacon e costeletas de porco para os consumidores norte-americanos. Os preços da carne suína no varejo provavelmente atingirão um novo recorde este ano, ultrapassando os US$ 3,81 por libra-peso alcançados em outubro, de acordo com o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA). O órgão projeta para 2014 um aumento de 2% a 3% nos preços da carne suína no varejo, depois de uma valorização de cerca de 1% no ano passado.

Informações de Estadão, adaptado por Rural BR.

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