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Publicado em 18/12/2013
Representantes de produtores e da indústria de carnes disseram apoiar o esforço da Food and Drug
Administration (FDA), agência que regulamenta medicamentos e alimentos nos Estados Unidos, para limitar
o uso de antibióticos em animais de corte, mesmo não prevendo muitas mudanças sobre
os processos de criação de rebanhos nos Estados Unidos.
A orientação da FDA,
divulgada na quarta, dia 11, busca eliminar progressivamente o uso de antibióticos para promover
o crescimento de frangos, bovinos e suínos. Acredita-se que a utilização há décadas
desses medicamentos em fazendas tenha contribuído para a proliferação de bactérias resistentes
a remédios, que põem em perigo a saúde humana.
As regras obrigariam a indústria
a apelar para antibióticos somente quando clinicamente necessário, tornando ilegal usá-los para aumentar
o tamanho dos animais. Muitos membros da indústria dizem ser cautelosos, aplicando os medicamentos apenas
como uma medida para prevenir ou tratar doenças e por isso não enxergam muito impacto na mudança.
Já
os críticos dizem que as regras não vão longe o suficiente, porque deixariam os criadores de animais
usar as drogas na ração e água como medida preventiva. Uma política mais eficaz, argumentam, seria
barrar o uso dessas substâncias exceto durante o tratamento de animais doentes. As novas regras exigem que veterinários
licenciados supervisionem o uso de antibióticos por agricultores.
O FDA estima que animais de fazenda
nos EUA consumiram 29,9 milhões de libras-peso de antibióticos em 2011, o ano mais recente para o qual existem
dados disponíveis, o que representa aumento de 2% em relação ao ano anterior. Cerca de 7,3 milhões
de libras-peso de antibióticos foram vendidos para o tratamento de seres humanos no mesmo ano.
Vários
produtores disseram já ser seletivos sobre o uso de antibióticos.
Fabricantes de medicamentos, incluindo
Elanco e Zoetis, disseram ter a intenção de cumprir com a nova política do FDA, que é voluntária
para empresas farmacêuticas. As diretrizes pedem às empresas que mudem seus rótulos para eliminar
qualquer indicação de que os antibióticos podem promover o crescimento dos animais, concentrando-se apenas
nos usos veterinários.
Alguns profissionais da saúde disseram temer que a medida faria pouco
para reduzir a quantidade de antibióticos usados na produção de carne.
– Ainda vai ocorrer
uso excessivo de antibióticos disfarçado em fins de prevenção, que deveriam ser casos extremos
– disse Laura Rogers, diretora da iniciativa de saúde humana e agricultura industrial liderada pela consultoria
Pew Charitable Trusts.
– Os antibióticos devem ser sempre a última opção na produção
de alimentos.
Informações de Dow Jones Newswires.
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