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Publicado em 31/10/2013
A reciclagem de resíduos de origem animal é vista como a solução para questões ambientais, econômicas e sociais e não fossem as 500 Indústrias de Reciclagem Animal instaladas no Brasil, qual seria o destino dos milhões de toneladas de resíduos gerados pelo setor? Será que teríamos outra solução para dar um destino ecologicamente correto, que gerasse renda e empregos e ainda disponibilizar nutrientes a própria cadeia da carne e a outros setores importantes, como o do Biodiesel? Em 2012, foram aproximadamente 12 milhões de toneladas de resíduos do abate animal processados internamente, resultando em mais de 1,8 milhões de toneladas de proteína, 2,3 milhões de toneladas de energia (óleos/sebos) e mais de 110 mil toneladas de fósforo entre outros nutrientes, ou seja, reaproveitamos nutrientes dentro da própriacadeia da carne, diminuindo impacto ambiental da atividade.
O fósforo reciclado no Brasil evita o uso de 610 mil toneladas/ano de fosfato bicálcio. A proteína reciclada evita o uso de aproximadamente 4 milhões de toneladas de farelos vegetais. E a energia (óleos/gorduras) reciclada evita o uso de 2,2 milhões de toneladas de óleo vegetais. Além disso, há um estudo da Agência Ambiental dos Estados Unidos (United States Environmental Protection Agency - U.S. EPA) e da Associação Americana de Renderers (National Renderers Association) que comprova que a indústria de reciclagem animal fixa aproximadamente 17 milhões de Eqv de CO2 ano nos EUA.
Também de acordo com a Diretiva da Comunidade europeia CE 2009/30, que trata do “mecanismo de monitorização” e de redução das emissões de gases com efeito de estufa, afirma que o biodiesel a partir de óleo/gordura de origem animal é o que menos causa impacto para o efeito estufa sendo 10g CO2 eqv/MJoule enquanto o biodiesel a partir de soja chega a 50g CO2eqv/Mjoule, ou seja, cinco vezes mais.
A Reciclagem Animal vem sendo cada vez mais consolidada como a solução mais viável ambientalmente, economicamente e socialmente na coleta e processamento dos resíduos de origem animal. A ABRA (Associação Brasileira de Reciclagem Animal), vem promovendo várias ações para a conscientização de estudantes, produtores, consumidores, autoridades, e a população em geral.
Para o Sr.Clênio Gonçalves,Presidente da ABRA o trabalho da entidade vem inserindo o setor em agenda nacional. “Além do ativo ambiental o setor no Brasil fechou em 2012 um PIB de 6,9 bilhões de reais gerando mais de 65 mil empregos diretos e com as ações da ABRA temos conquistado espaços importantes para mostrarmos o peso da reciclagem animal brasileira.
Uma das ações mais recentes foi a realização do II Seminário Internacional de Sustentabilidade durante o SIAV (Salão Internacional de Avicultura) promovido pela Ubabef (União Brasileira de Avicultura). O seminário que teve grande parte de sua programação à reciclagem animal e contou com a apresentação de dois temas importantes: “evolução da Indústria de Reciclagem A Animal” apresentado pelo diretor-executivo da ABRA e Consultor da Patense o Sr. Jose Eduardo Malheiro e a “Reciclagem animal como solução para resíduos da produção animal” que foi apresentado pelo consultor técnico da entidade, Sr. Lucas Cypriano.
Também durante o seminário o presidente da Ubabef, Sr. Francisco Turra, destacou a importância da ABRA ao setor. “Durante o SIAV a presença da ABRA na maior exposição de empresas avícolas do Brasil e a realização do Seminário Internacional de Sustentabilidade foram determinantes na afirmação do setor avícola brasileiro frente aos visitantes nacionais e estrangeiros sobre a valorização do trabalho sustentável da cadeia produtiva” afirmou.
Acompanhe a discussão deste tema no Paraná: Grupo
propões regulamentação para o setor de reciclagem animal
Com informações de ABRA.
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